Jornal Correio Braziliense

Trabalho e Formacao

Conheça os campeões do 2º vestibular de 2013 da UnB

O primeiro colocado do câmpus Darcy Ribeiro também foi aprovado em primeiro lugar no PAS e em segundo no vestibular do início do ano

Felipe Parreira de Faria, 18 anos, teve muitos motivos para comemorar em 2013. No início do ano, ele foi aprovado em primeiro lugar para medicina no Programa de Avaliação Seriada (PAS) e em segundo no vestibular do início do ano da Universidade de Brasília (UnB), que prestou para engenharia civil. O jovem começou a cursar o primeiro semestre de medicina, mas logo viu que essa não era a profissão na qual queria seguir carreira. Decidiu, então, prestar o vestibular novamente, e mais uma vez para o curso de engenharia civil, por causa do gosto pela área de exatas. Nesta sexta-feira (24/7), ela recebeu a tão esperada notícia de que foi aprovado em primeiro lugar no câmpus Darcy Ribeiro, e para a formação que realmente quer seguir.

O novo calouro do curso de engenharia civil viu o resultado em casa mesmo, mas quando soube da aprovação seguiu para a igreja para agradecer. Apesar de tudo, Felipe aproveitou a experiência de ter cursado um semestre de medicina. "Eu sempre gostei mais de exatas, mas foi bom para ver que era não isso que eu queria fazer. Eu fico mais aliviado, não vou ficar pensando o que poderia ter acontecido se eu tivesse feito medicina", relata. A preparação para o vestibular não exigiu dedicação exclusiva, ele apenas trancou algumas matérias do curso de medicina e começou a pegar matérias do curso de engenharia civil para se familirizar. Ele também relembrou alguns conteúdos de química e de história para a prova.


Primeira em medicina

Andressa Beatriz Betrão Rosa, 16 anos, ainda não terminou o ensino médio e já garantiu uma vaga de medicina. Ela foi a primeira colocada do curso e teve a segunda melhor nota entre os aprovados no câmpus Darcy Ribeiro. A estudante do 3; ano chegou a fazer o último vestibular, mas não foi aprovada. Por isso, resolveu não conferir o resultado na UnB para não ficar decepcionada, achava que não tinha chances. "Não estava esperando de jeito nenhum esse resultado. Foi uma surpresa muito grande", afirma. Andressa ainda não tem certeza se continuará no colégio ou se tentará se matricular na universidade, por enquanto, ela pensa em continuar os estudos na educação básica. "O ensino médio é uma etapa muito importante. Devo terminar a escola", declara. A jovem, que é bolsista no Leonardo da Vinci, estudava de seis a sete horas por dia e chegou a fazer cursinho no início do ano.


Comemoração
A estudante do 3; ano do Colégio Notre Dame Ana Beatriz Gomes, 17 anos, foi a primeira colocada do câmpus UnB Ceilândia, aprovada no curso de farmácia. Ana Beatriz estava no estágio no Superior Tribunal de Justiça (STJ) quando soube da notícia. "Já chorei, já gritei. Minha perna está bamba. Estou tremendo tanto que não consigo ficar em pé", conta a jovem, que não esperava o resultado. Ela foi direto para casa comemorar a aprovação com a mãe e os irmãos.Ana não fez curso nenhum, estudava sozinha quando podia. A jovem, que joga futsal, ganha bolsa do colégio pelo esporte. Por isso, dividia o tempo dos estudos com os treinos e com o estágio. Ainda assim, Ana Beatriz estudava de três a quatro horas por dia para o vestibular.


Segunda graduação
A melhor colocada do câmpus de Planaltina foi Maryanna Beserra de Almeida, 22 anos. Ela foi aprovada para o curso de ciências naturais - licenciatura. Ela já tinha passado para o mesmo curso quando tinha 17 anos e fez dois semestres. "Eu gostava muito do curso, só que não acaha a área de trabalho tão interessante", conta. Preocupada com estabilidade, resolvou fazer arquivologia, também na UnB. Agora, graduada, vai voltar a cursar a formação que escolheu desde o início e conciliará com a rotina de estudos para concursos.


Preparação exaustiva
Primeiro lugar no curso de engenharia do câmpus do Gama, Rafael Simões, 20 anos, ficou feliz e surpreso com o resultado do vestibular. Após três anos em curso preparatório, o jovem tem orgulho da exaustiva rotina de estudos que levava. Segundo o estudante, mais de 12 horas do dia eram dedicadas ao cursinho e às leituras em bibliotecas da cidade. ;Eu costumava acordar às 6h da manhã e começar os estudos às 7h30. Encerrava o dia às 21h, quando terminavam as aulas. Mas quando chegava em casa, eu tomava banho, jantava e ainda estudava por mais uma hora antes de dormir;, descreve Rafael.

Ele afirma que tem maior interesse em cursar engenharia aeroespacial no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São Paulo, e que, mesmo com a conquista satisfatória na UnB, ele continuará tentando o exame do ITA. ;É um sonho que persiste desde muito pequeno. Na quinta série eu já pensava em fazer isso;, declara. Sobre o curso de engenharia do Gama, Rafael espera bons professores e estudos abrangentes. ;Ouvi que é um curso novo, mas conversei com alunos que já estudam lá e falaram muito bem;, afirma.

[SAIBAMAIS]