Os interessados podem se inscrever entre 15 de maio e 16 de junho, pelo site www.funcab.org, da Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab), a banca organizadora. As taxas de participação custam R$ 60 e R$ 70, a depender do cargo. Os candidatos passarão por prova objetiva, prevista para 30 de junho, que será aplicada nas cidades de Águas Claras, Ceilândia, Gama, Plano Piloto, Sobradinho e Taguatinga.
Entre os conhecimentos cobrados estão língua portuguesa, informática, legislação e ética na administração pública, além dos conteúdos específicos de cada chance. O professor Vanderlan Marcelo, do IMP, acredita, no entanto, que o diferencial dos candidatos está no domínio de raciocínio lógico. Ele lembra que a lista de tópicos da disciplina indicada no edital é extensa, mas ressalta que não há nada novo.
;Duas provas já aplicadas pela Funcab (a da Polícia Civil do Espírito Santo, este ano, e a do Detran de Pernambuco, em 2010) mostram que os conteúdos serão tranquilos. A banca costuma ser objetiva, com enunciados curtos e nível de compreensão abaixo da maioria das outras. São questões que os professores usam para ensinar a matéria de uma forma mais fácil;, explicou Marcelo.
Desconhecida
Apesar disso, o professor de raciocínio lógico do IMP ressalta que é bom se atentar, pois a empresa organizadora não faz muitas seleções na capital federal, o que a torna pouco conhecida. Para ficar por dentro, Marcelo recomenda que o aluno priorize os tópicos de equivalência do conectivo (se, então), os diagramas lógicos, as questões de associação de personagens aos seus pertences e às suas características e as definições sobre os termos todo e algum e as suas negações.
Vinculada ao Ministério de Integração Nacional, a Sudeco foi criada em 2011, pela presidente Dilma Rousseff, e tem como objetivo promover o desenvolvimento da indústria e do comércio nas unidades da Federação de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.
; Menos contratações
O Indicador Antecedente de Emprego da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 3% em abril na comparação com março, a menor variação desde agosto de 2011, quando a queda foi de 4,2%, considerando dados com ajuste sazonal. O resultado ;sinaliza um ritmo mais lento de contratações de mão de obra nos próximos meses;, disse a FGV, em nota. As análises que mais contribuíram para a redução do índice em relação ao mês anterior foram as que medem a expectativa do consumidor em conseguir emprego nos meses seguintes, da Sondagem do Consumidor, e o ânimo empresarial com o futuro próximo, da Sondagem da Indústria, ambos com encolhimento de 4,9%.
A escravidão se reinventa
Enquanto o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) investiga denúncias em canteiros de obras e empresas de serviços pesados, a reportagem mostra um novo esquema criado por empregadores e agenciadores da mão de obra oriunda do interior e de outros estados para ludibriar a fiscalização. Em vez de manter alojamentos próprios, eles agora os terceirizam.
O Bairro Buritis, na região oeste de BH, é um dos mais aquecidos mercados imobiliários da capital mineira. Entre as centenas de frentes de trabalho, há operários vindos de vários lugares do país e do interior. O que muitos deles têm em comum é o intermédio de um agenciador que lhes conseguiu serviço e é conhecido como ;Gato Seco;. O nome dele e o apelido constam em pelo menos seis canteiros de obras fiscalizados nos últimos dois anos pelos agentes do MTE.
Drible
À primeira vista, Gato Seco parece um operário comum, de não mais que 40 anos. Sob o requisito de não ser identificado, ele contou como funciona o novo esquema para driblar a fiscalização. ;Antes, a gente tomava muita multa, principalmente por causa dos alojamentos;, comentou. ;Então, o que fazemos é usar uma outra empresa, que chamamos de empreiteira. Os trabalhadores dormem, comem e tomam banho por lá;, explicou.
O coordenador do Grupo de Combate ao Trabalho Escravo do MTE em Minas Gerais, Marcelo Campos, ressalta que o trabalho em condições análogas à escravidão ainda é um traço socio-histórico no Brasil que precisa ser combatido com vigor. ;Percebemos que há uma cultura do empregador de suprimir os direitos pelo lucro. Desde 2003, a legislação trabalhista se aprimorou e, hoje, contamos com todos os instrumentos de governo para fiscalizar e coibir essas práticas;, afirmou. ;As denúncias dos trabalhadores, parentes e testemunhas ainda são a nossa melhor forma de informação;, completou.