Já a prefeitura do Rio criou um grupo de trabalho para estudar e elaborar o plano de cargos, carreiras e remunerações dos servidores da educação, conforme decisão publicada no Diário Oficial do Município desta sexta-feira.
Os servidores reivindicam aumento salarial, melhoria nas condições de trabalho e um plano de carreira unificado. Neste ano, o governo do estado concedeu reajuste de 8% e benefícios para a categoria, mas os professores pedem um aumento de 19%, devido às perdas salariais nos últimos anos.
Em nota, a Seeduc disse que está aplicando falta aos servidores que não estão comparecendo às escolas e informou que, ao completar dez dias de paralisação, o governo pode encaminhar o processo de demissão dos professores faltosos à Secretaria de Planejamento e Gestão.
A coordenadora do Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), Wilia Alcântara, informou que a categoria tem uma reunião agendada para a próxima segunda-feira (19) com o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, para discutir a ameaça de demissão.
;Nós sinalizamos que estava errado colocar o código 30 [falta]. A greve é legítima, foi decretada em assembleia. O sindicato informou ao governo sobre a assembleia. Portanto, não cabe demissão. A greve é um direito do trabalhador;.
De acordo com a coordenadora, os professores irão ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, no bairro de Laranjeiras, zona sul do Rio, na tarde de hoje (16), para tentar uma audiência. ;Nós esperamos que alguém nos receba para nos dar uma informação oficial;, disse a sindicalista.
Ainda segundo Wilia Alcântara, a Seeduc alega que o sindicato não informou que os professores poderiam entrar em greve, "mesmo sabendo de todas as assembleias que foram feitas pela categoria". Ela disse também que a pauta dos professores ;não foi atendida em vários pontos;.