Jornal Correio Braziliense

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Estímulo ao negócio próprio

Em prol da cultura da inovação em Brasília, pesquisadores, executivos e empresários da cidade se uniram a fim de criar o Illuminante, instituto para apoiar e desenvolver ideias criativas

O Brasil é o segundo país mais empreendedor do mundo, segundo pesquisa realizada em 2012 na União Europeia e mais 13 países, entre eles China, EUA, Rússia, Índia e Japão. O resultado apontou que 63% dos brasileiros preferem trabalhar em um negócio próprio. A cada cinco minutos, uma empresa é aberta no país, segundo o ;empresômetro; do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Ao analisar esse cenário promissor e algumas lacunas no mercado de Brasília, empresários e acadêmicos querem estimular ainda mais o empreendedorismo no Distrito Federal com o Instituto Illuminante.


O projeto levou apenas sete meses para ser colocado em prática e ganha vida de fato em dezembro, em lançamento marcado para dia o 17. O objetivo do grupo é proporcionar apoio técnico, busca de patrocinadores, divulgação de ideias, formatação de projetos e ajuda na obtenção de recursos. A diversidade de experiências acadêmicas e empresariais dos integrantes do instituto habilita a atuarem como fomentadores de empresas e alavancadores de negócios.


;Existem pessoas com propostas inovadoras que podem resolver problemas sociais, mas não sabem o que fazer com elas. Queremos identificar boas ideias, que estejam alinhadas com as demandas do mercado de Brasília, para que depois o modelo possa ser aplicado em outras cidades;, conta Paulo Foina, vice-presidente do Illuminante.


Como fazer a sociedade pensar em tecnologia sob o enfoque do desenvolvimento da cidade? Criando um ambiente promissor para que o empreendedorismo progrida, sem que as ideias inovadoras saiam para outros estados ou, até mesmo, para fora do país. A resposta veio com os motivos que levaram à criação do instituto. Empresas internacionais têm uma demanda muito grande por tecnologia e, em Brasília, falta mão de obra e empresas para atender as necessidades do mercado.


Uma das propostas do Instituto Illuminante é criar conexões entre empresas, academia e governo para fomentar a ação empreendedora. ;Queremos atuar em diversas frentes e setores para criar um núcleo de networking;, revela o presidente do Instituto, Marcos Nascimento.


O Illuminante pretende desenvolver ações de cunho educacional com escolas de ensino fundamental, médio e superior para criar o interesse pelo questionamento social, estimular a inquietude intelectual, promover o descobrimento científico e apoiar a efetiva transformações de ideias em ações concretas.


;Queremos induzir o desenvolvimento de ideias, de projetos e de empresas no DF. É a própria cidade dando solução as suas necessidades, a partir de um ambiente que está sendo facilitado para o jovem, acima de tudo. Ele detêm a capacidade de inovar, mas, se não souberem constituir uma empresa para levá-la para o mercado, a ideia não vale de nada;, comenta o diretor de Relações Internas do Illuminante, Gilberto Lima Jr.

Queremos atuar em diversas frentes e setores para criar um núcleo de networking;
Marcos Nascimento, Instituto Illuminante

; Crescimento
De 2012 para 2013, Brasília registrou um aumento de 10,56% no número de empresas, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). A capital ocupa a quarta posição no ranking das cidades brasileiras com o maior número de empresas ativas.

; Cenário promissor
Foi aprovada na Câmara Legislativa a proposta de emenda à Lei Orgânica que garante aumento gradativo do orçamento da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF). O resultado vai permitir que a instituição que hoje conta com 0,5% da receita corrente líquida do DF, passe a ter 2%. Os recursos serão aplicados no desenvolvimento científico e tecnológico e em projetos de inovação.