No site da Microlins Guará, há apenas um aviso de que a unidade não realiza matrículas: ;Os ex-alunos que necessitarem resolver quaisquer pendências podem entrar em contato pelo formulário ou pelo telefone (61) 8662-5105;, diz o texto. Com cursos de informática, atendimento e vendas, a escola técnica encerrou as atividades em julho, sem aviso prévio ao estudantes. Oito pessoas registraram ocorrência na Divisão de Defesa do Consumidor (Dicon) da Polícia Civil. Um inquérito foi instaurado para investigar o caso.
;Se os proprietários agiram com dolo, ou seja, com a intenção de lesar os alunos, eles podem responder pelo crime de estelionato. A pena varia entre um e cinco anos de prisão, mas, no caso de o crime ser continuado (atingir várias pessoas), pode ser maior;, explica o delegado da Dicon, Wisllei Salomão.
A instituição é uma franquia e funciona na QE 13 do Guará 2, Conjunto D, salas 301/302 desde 2004. Em depoimento à Dicon, os donos da unidade alegaram que a empresa teve problemas na gestão. A intenção é devolver aos alunos os valores pagos proporcionalmente às aulas lecionadas. Para Fátima Cruz, advogada de três estudantes, a questão não é tão simples. ;E o certificado? O curso começou em março e a conclusão estava prevista para maio de 2014. Além da mensalidade, eles pagaram material;, ressalta. Na ocorrência policial, está registrado que os alunos desembolsaram entre R$ 2,1 mil e R$ 6 mil pelas aulas.