Aúúúú! A lenda cabeluda de um homem que se transforma em lobisomem emnoite de lua cheia vem da Europa do século 16 e chegou ao Brasil com os portugueses. Se uma família tiver seis filhas, e o sétimo filho for homem, com certeza vai virar lobisomem! E não é qualquer tirinho que acaba com o peludão: a bala tem que ser de prata.
É festa!As festas populares também fazem parte do nosso folclore, como o carnaval e as festas juninas no Brasil inteiro, a Festa do Boi de Parintins (no Amazonas), as Folias de Reis e Congadas, as Cavalhadas de Pirenópolis,
em Goiás, e outras festanças Brasil afora.
O que é o que é? Com certeza você já brincou disso várias vezes; mas você sabia que as adivinhas também fazem parte do nosso folclore? As adivinhas são enigmas, charadas cheias de pegadinhas para a gente resolver e, às vezes, também vêm emforma de verso.
Trava-línguasEsse conjunto de frases ganhou esse nome porque é tão difícil de pronunciar que quase dá um nó na língua da gente.Duvido que você consiga dizer bem rápido: ;Não tem truque, troque o trinco, traga o troco e tire o trapo do prato.;
Bicho-Papão Esse monstrão adora ficar escondido debaixo da cama ou no guardaroupa, só esperando para dar aquele susto! A criatura tem nome bem brasileiro, mas essa lenda para ensinar as crianças a ficarem comportadinhas vem
lá da Idade Média na Europa.
Folclore Essa palavra tem cores bem brasileiras,mas vem do inglês folk-lore: folk quer dizer povo, e lore, ;conhecimento empírico; ou ;sabedoria;. Ou seja: folclore é sabedoria popular.
João sem braço Quando a gente chama alguém assim, não quer dizer que temumbraço faltando. Esse é um exemplo de;frase feita;, e que significa que a pessoa é meio vagal e fala que vai ajudar alguém e depois desiste, ou sai de fininho, na maior cara de pau; que também não é de madeira de verdade, claro.
Piadas As anedotas ou piadas são histórias divertidas, e também fazem parte do nosso folclore. Os bons contadores de anedotas narram a história como se estivessem falando sério, para ninguém desconfiar que é mentira e rir ainda mais no fim!
Uni-duni-tê... salamê linguê;: mas o que será que isso quer dizer, hein?Nada, ué. E as parlendas são assim
mesmo;o que não impede todo mundo de se divertir com esses conjuntos de versinhos com cinco ou seis sílabas.
Literatura de cordel O nome vem da tradição de pendurar os folhetos cheios de poemas, que podem ser estrofes de 10, oito ou seis versos, emum varalzinho, ou cordel, e ilustrados com xilogravuras. Eles são recitados pelos cordelistas cheio de ginga ao som da viola.
Quadrinhas Esses poeminhas simples e populares ganharamesse nome porque sempre vêm em quatro versos;e uma história para contar: ;Batatinha quando nasce / se esparrama pelo chão / a menina quando dorme/ põe a mão no coração.;
Vinte e dois de agosto Nessa data,em1846, na Inglaterra,William John Thoms mandou umacarta para a revista TheAtheneum, de Londres, pedindo apoio para fazer um levantamento das lendas e das tradições do seu país.O documento com essas informações foi publicado nessa data, que foi eleita como o Dia Mundial do Folclore.
Cabeça quente Imagine dar de cara com uma mula que solta fogo pelo pescoço! A lenda conta que tudo começou quando uma mulher resolveu namorarum padre. Não pode, né? Então ela começou a se transformar nesse monstro toda noite de quinta para sexta. Ninguém merece!
Garoto espertoO curupira é um moleque baixinho com cabelo comprido (que pode ser cor de fogo) e que protégé a mata e os animais que moramlá. Seus pés são virados para trás: assim, os caçadores que seguem as suas pegadas nunca conseguem encontrá-lo.
Música As modinhas de viola que o seu avô cantava até altas horas ao pé do fogão de lenha, e as cirandas e cantigas de roda que a criançada ainda canta quando brinca também fazem parte do nosso folclore.
Receitas É claro que uma boa comilança também faz parte da nossa tradição. Mais uma desculpa pra gente lamber os beiços com pé de moleque, bolo de batata doce, mungunzá, pamonha, arroz de carreteiro, barreado, carne de sol... Deu fome!
Xaxado Essa dança só permite a participação dos homens, e vem lá no sertão de Pernambuco.Mas o Brasil tem muito mais exemplos de danças folclóricas pra gente balançar o esqueleto: samba de roda, maracatu, frevo, bumba meu boi, fandango...
Ditados ou ditos populares são frases que ninguém sabe quem inventou, mas que todo mundo repete. Eles podem ser usadosemvárias situações;quem é obrigado a improvisar pode dizer, por exemplo, ;quem não tem cão, caça com gato; ;e têm sempre moral da história;ou seja, uma liçãozinha para ensinar.
Haja sorte! Porque o azar sai de fininho com figas, pés de coelho e outros amuletos, ou seja, objetos que muita gente acredita que nos protegem.Outros exemplos são a ferradura, as fitinhas de santos, os escapulários e obome velho trevo de quatro folhas.
;Nunca mais... vou comer chocolate se passar nessa prova;.Quem nunca prometeu isso? Pois as promessas também fazem parte do nosso folclore, e às vezes ganham versinhos para deixar tudo mais divertido, como;São Longuinho, São Longuinho/ Se encontrar o que perdi/ Dou três pulinhos.;
Saci Esse moleque negro, deuma perna só e gorrinho vermelho vive fumando seu cachimbo por aí e aprontando todas: faz o doce desandar, pega carona em redemoinhos, esconde os óculos...Alenda sobre esse menino vemdo século 18, quando as amas (as babás daquele tempo) e os caboclos contavamessa história para assustar as crianças.
Zica braba Muita gente acredita que os elefantes dão aquela sorte, mas mudam de calçada quando veem um gato preto pelo caminho. É claro que não é culpa do gato;nem do elefante. É que as pessoas têm superstições, ou seja, acreditam que certas ações podem mudar o destino.