;A gente sempre orienta o interessado a fazer uma pesquisa de preços e de atividades oferecidas, para não sair em desvantagem. É importante verificar se as oficinas oferecidas são adequadas para a idade da criança e também se encaixam no perfil do pequeno;, aconselha Fátima Lemos, assessora técnica da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP). Para ela, a melhor maneira de escolher bem uma colônia de férias é por indicação. ;Perguntar a amigos e mães de colegas da escola é uma forma de saber mais sobre o lugar. Além disso, a internet é uma boa ferramenta para pesquisar se muitas pessoas já reclamaram do estabelecimento;, completa.
Fátima ressalta também que, antes de deixar o filho, os pais devem checar pessoalmente o local. ;Não custa nada tirar um dia para analisar se tudo está de acordo com o esperado: o cardápio, as atividades e as instalações, além do número de monitores e se eles são especializados.; No fim do serviço, a especialista ressalta a importância de observar se as cláusulas contratuais foram cumpridas. ;O ideal é observar a data de entrada e saída e o prazo do pacote para evitar cobranças indevidas.
Caso se sinta lesado, o consumidor deve procurar órgãos de defesa do consumidor com todas as provas possíveis para comprovar o dano. ;Em situações mais graves, é possível até recorrer à Justiça para reivindicar danos morais ; situações em que ocorrem maus tratos ou descumprimento de acordo ; ou materiais ; quando o consumidor é lesado financeiramente devido à cobrança de alguma taxa abusiva. Quanto mais testemunhas e provas, como fotos e contrato, maior chance de a reclamação ser fundamentada;, esclarece o advogado especialista em direito do consumidor e fornecedor Dori Boucault.
Prevenção
Para o especialista, entretanto, prevenir é a melhor opção. ;Precaver-se nunca é demais, principalmente quando se tratam de crianças. É essencial também conversar com os filhos, eles são as melhores pessoas para contar realmente o que ocorre enquanto os pais não estão por perto. Na hora de assinar o contrato também é preciso ter atenção. Não é porque está descrito em um papel que é certo, existem muitas cláusulas abusivas;, salienta Boucault.
Os filhos da servidora pública Mônica Nunes, 40 anos, moradora do Sudoeste, não abrem mão da colônia de férias no meio do ano. ;Esse já é o terceiro ano que deixo André, 7 anos, e Tiago, 4, em atividades no recesso. Eles adoram. Quando tiram folga do colégio já perguntam que dia começa;, lembra. Antes de escolher o local, ela analisa recomendações de amigas. ;Já deixei em vários e nunca tive problemas, mas conheço muitas que já tiveram, principalmente em relação à alimentação e à programação;, afirma.
Para verificar se tudo vai bem, ela conversa com os pequenos. ;Sempre procuro saber o que eles fizeram no dia, fico preocupada. Ainda assim, acho muito importante esse momento, porque nunca consigo tirar férias com eles e também ajuda na socialização com outras crianças. Os dois ficam muito felizes e é isso que importa;, revela.
O analista de sistemas Mousar Amaral, 51 anos, morador do Grande Colorado, deixa a filha, Maria Eduarda, 4, pela primeira vez em colônia de férias, mas já aprova. ;Antes de trazer eu visitei as instalações e verifiquei se atendiam as minhas exigências, principalmente em relação à segurança. Procurei saber também se o lanche é saudável e sobre a quantidade de monitores;, recorda. Ele, entretanto, não descarta a possibilidade de incidentes. ;Somos cautelosos, mas crianças brincam, correm e às vezes se machucam, não tem jeito;, admite.
;Antes de trazer, eu visitei as instalações e verifiquei se atendiam as minhas exigências, principalmente em relação à segurança;