A medida foi anunciada pelo Ministério da Saúde no início do ano. Na época, o ministério alegou que os profissionais formados no Brasil deixam grandes lacunas em instituições localizadas no interior e em regiões mais pobres, que não contam com infraestrutura de ponta e que não teriam salários considerados atrativos por eles.
Um dos deputados que apresentaram requerimentos para a realização do debate, Celso Jacob (PMDB-RJ), entende que não se pode deixar de levar em conta o lado dos profissionais brasileiros ;que lutam ao longo de todo o curso para ter seu diploma; e atuar onde quiserem . ;O ministério talvez tenha dados que a maioria da população de estudantes de Medicina não tenha, tanto que a contrariedade desses estudantes frente à possibilidade de ver seus futuros empregos sendo ocupados por estrangeiros é gigantesca;, afirma Jacob.
Na opinião do deputado, outro aspecto importante a ser considerado na discussão é a grade curricular que esses profissionais que viriam trabalhar no Brasil cumpriram em seus países, ;suas realidades e o embasamento de sua formação;. Ele afirma que esses aspectos trazem ;preocupação a esta comissão, que tanto tem lutado para que o ensino superior do Brasil seja aprimorado a cada dia, não podendo apenas cruzar os braços e ver seus estudantes de Medicina serem usurpados no direito do exercício de seu aprendizado;.
Convidados Foram convidados para o debate o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz D;Ávila; o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira Filho; e o presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso.
Também foram convidados para a audiência os seguintes representantes das seguintes instituições:
- Vinícius Veloso Paulino, do Centro Acadêmico da Escola Superior de Ciências da Saúde;
- Felipe Rodrigues Bezerra, do Centro Acadêmico da Universidade Católica de Brasília;
- Elza Ferreira Noronha, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB);
- Danilo Aquino Amorim, discente da Faculdade de Medicina da UnB;
- Karlos Jennysson Soares, do Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina do Planalto Central;
- Jorge Rodrigo Araújo Messias, da secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação;
- e Mozart Sales Trabalho, do Ministério da Saúde.