Durante dois dias, o Correio testou a capacidade dos serviços e dos pontos turísticos de Brasília em atender e dar informações em inglês e espanhol, as línguas faladas pelos países que mandam mais turistas para a capital brasileira; Estados Unidos e Argentina (leia ilustração). Salvo raras exceções, como no sistema hoteleiro, no aeroporto e noMemorial JK, boa parte dos locais visitados pela reportagem não disponibiliza conteúdos em outros idiomas, muito menos funcionários que falam inglês.
O impasse, quase sempre, é resolvido com o jeitinho brasileiro. E viva a linguagem corporal, a exemplo do que faz a atendente de uma loja de presentes no aeroporto. Ela entende que a pergunta, feita em inglês, é se a blusa é masculina ou feminina. Mas incapaz de explicá-lo na língua estrangeira, responde como pode. Gesticula como se tivesse seios enormes.
Sinalização
A cidade também não conta com sinalização bilíngue. Segundo a Secretaria de Turismo e a pasta da Habitação, novas placas, em três idiomas, devem ser instaladas até, no máximo, o início de 2014. O dinheiro foi captado com o Ministério do Turismo, mas falta a licitação. A instalação deve acontecer em todos os pontos turísticos da capital, incluindo a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, monumento ícone de Brasília, que hoje está sem as placas indicativas e interpretativas até mesmo em português. Nos Centros de Atendimento ao Turista, os atendentes falam idiomas variados. Apesar disso, no dia em que o Correio esteve na unidade da Praça dos Três Poderes, não havia mapas em espanhol ou em inglês.