A Universidade de Brasília (UnB) subiu no ranking de melhores universidades brasileiras e, agora, está entre as 10 mais bem colocadas de acordo com o QS World University Rankings, feito pela consultoria global de ensino superior QS Quacquarelli Symonds.
Na última divulgação dos dados, a UnB ocupava a 12ª colocação, hoje, a instituição ocupa o 10º lugar. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (10/6).
Destaque brasileiro fica com a USP
A Universidade de São Paulo (USP) continua sendo a instituição brasileira com maior destaque no ranking. A USP, no pódio mundial, subiu da 116ª para a 115ª posição — o melhor desempenho desde o início da publicação do levantamento.
Este é o terceiro ano consecutivo em que a USP melhorou de classificação mundialmente. De acordo com a QS, a ascensão da USP, no contexto mundial, deve-se principalmente à melhoria no desempenho na área de pesquisa.
A instituição subiu 38 posições no indicador de citações por faculdade, que mede o impacto dos trabalhos acadêmicos produzidos por professores das universidades. A USP está agora entre as 350 principais instituições de pesquisa do mundo.
Segundo a opinião de acadêmicos consultados pela QS, a melhor universidade do Brasil é a USP, que recebeu a 48ª melhor nota do mundo (88.6.2/100) no indicador de reputação acadêmica.
De acordo com 44 mil empregadores consultados pela QS, os melhores graduados são aqueles provenientes da USP, que recebeu a nota 67.4/100 no indicador de reputação entre empregadores. No entanto, a USP não faz mais parte do top 100 global em empregabilidade de graduados.
Ensino superior do país se torna menos atraente para estrangeiros
Entre as instituições brasileiras, depois da Universidade de São Paulo, aparecem a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que ocupam a 2ª e a 3ª colocações, respectivamente.
Apesar de estar na segunda posição nacional, a Unicamp caiu internacionalmente. No ranking geral, a Universidade Estadual de Campinas baixou 19 posições, ficando em 233º lugar.
Apesar de algumas melhorias, a QS analisou dados que mostram que o setor de ensino superior do Brasil se tornou menos atraente para professores e estudantes internacionais.
Saiba Mais
Todas as 14 universidades brasileiras presentes no ranking viram suas pontuações nos indicadores de apelo internacional, que é a proporção de corpo docente internacional e proporção de alunos internacionais, caírem no último ano.
Destaques mundiais
O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) ficou em primeiro lugar no ranking mundial pelo nono ano seguindo. As três melhores universidades do mundo continuam sendo americanas: em 2º lugar está a Universidade Stanford e, em 3º, a Universidade Harvard. A melhor instituição do Reino Unido e da Europa é a Universidade de Oxford, que caiu do 4º para o 5º lugar.
Das 153 universidades americanas ranqueadas, 112 tiveram uma queda de posição, enquanto apenas 34 registraram uma melhoria. O fato se deve principalmente a um declínio coletivo nos indicadores de reputação acadêmica e citações por faculdade.
A universidade mais bem colocada da América Latina é a Universidade de Buenos Aires, que atingiu a melhor colocação até o momento, ficando em 66º lugar, se mantendo a líder no continente pelo sexto ano consecutivo. A Universidade Nacional Autônoma do México (100º) ficou entre as 100 melhores universidades pela primeira vez.
Saiba mais
A QS utiliza seis indicadores para compilar o ranking:
- Reputação acadêmica (baseado nas respostas de uma pesquisa feita com mais de 94 mil acadêmicos);
- Reputação entre empregadores (baseado nas respostas de uma pesquisa feita com mais de 44 mil empregadores sobre a relação entre a instituição e a empregabilidade dos graduados);
- Citações por faculdade (medindo o impacto da pesquisa);
- Proporção de docentes por aluno (o número de alunos é dividido pelo número de docentes, dando uma indicação do provável tamanho das classes em cada uma das instituições analisadas);
- Proporção de docentes internacionais (uma das duas medidas de internacionalização da QS);
- Proporção de estudantes internacionais (fornece uma indicação da capacidade de uma universidade de atrair talentos de todo o mundo).
Para visualizar o ranking completo basta acessar o site.
*Estagiária sob supervisão de Ana Paula Lisboa