Correio Braziliense
postado em 12/05/2020 18:36
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) acionou a Polícia Federal para investigar a clonagem de cartões utilizados por pró-reitores e coordenadores de projetos de pós-graduação. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), pasta à qual a Capes é ligada, 188 cartões de coordenadores que participam do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt) podem ter sido clonados e utilizados para saques indevidos.
Ao todo, as irregularidades podem somar R$ 1,8 milhão em recursos utilizados na pesquisa científica no país. Segundo o MEC, os valores estão sendo estornados pela bandeira dos cartões, sem prejuízo aos pesquisadores. As clonagens teriam ocorrido principalmente em ações de compra pela internet em sites fora do país.
Para solucionar o problema, a Capes e o Banco do Brasil determinaram o bloqueio da funcionalidade "uso no exterior" em todos os cartões, até que sejam implementados novos procedimentos de segurança, a depender da bandeira do cartão e da investigação da Polícia Federal.
Entenda o caso
O cartão Banco do Brasil Pesquisa deve ser utilizado para a compra de material de laboratório e para custear missões de trabalho relacionados à pesquisa científica desenvolvida pelos pesquisadores da Capes.
O uso do cartão é pessoal e intransferível, e todos os beneficiários estão no Brasil. Para adquirir materiais no país, só é possível usar a função de débito ou sacar os recursos. Caso haja a necessidade de aquisição de insumos no exterior, é possível comprar em qualquer moeda, como dólar ou euro, por exemplo.
As autorizações específicas para uso no exterior devem ser demandadas à Diretoria de Gestão da Capes pelo e-mail cgof@capes.gov.br. A Coordenação recomenda que os beneficiários redobrem o cuidado durante o uso, não forneçam os dados do cartão a terceiros e façam um acompanhamento cuidadoso dos extratos de modo a identificar, com rapidez, possíveis fraudes.
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