O político postou o relato nas redes sociais com a foto do homem ensanguentado. De acordo com Garcia, além dele, no debate estava o criador do Escola Sem Partido, Dr. Miguel Nagib. Para falar contra o projeto, estavam presentes Gustavo Bambini e Nina Ranieri, ambos professores da USP.
Ainda segundo o deputado, as vítimas teriam saído das dependências da universidade para ir até uma lanchonete próxima. ;Momento em que foram atacados covardemente por cerca de seis homens. A mulher foi agredida a socos e o homem foi agredido com um objeto contundente em sua cabeça, precisando tomar pontos. Além disso, ele teve a roupa rasgada pelos agressores;.
O parlamentar conta que, em seguida, acompanhou os dois até um hospital. ;Em um dia histórico de debate plural e democrático na Universidade de São Paulo, o que se viu foi mais um ataque covarde de grupos intolerantes e sectários que agridem outros seres humanos por pensarem de forma diferente;, desabafou.
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À reportagem do Correio, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse que a Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência e, ao chegar ao local, foi informada que a vítima havia sido socorrida à Santa Casa, pela Guarda Universitária. ;A Polícia Civil está à disposição da vítima para o registro da ocorrência, visando a identificação dos autores e a devida elucidação dos fatos;, informou.
O que diz a USP
Procurada pelo Correio, a USP disse ter tomado conhecimento do caso. ;Próximo ao final do evento fomos comunicados que um casal que assistira ao debate, já fora do prédio da Faculdade e distante do Largo de São Francisco, foi abordado por um grupo não identificado que teria exigido a camiseta do rapaz e, na sequência, teria agredido os dois jovens. Ambos retornaram ao prédio da faculdade, onde receberam o primeiro atendimento e, na seqüência, foram encaminhados com o apoio da viatura da Guarda Universitária para cuidados médicos;, diz em nota.
Ainda de acordo com a universidade, durante todo o período do evento e mesmo após a agressão, o ambiente na faculdade foi de ;absoluta normalidade e convívio harmônico entre todos os grupos com posições políticas divergentes;. A USP também informou que o diretor da Faculdade de Direito acompanhou o atendimento aos jovens agredidos e testemunhou que não houve hostilidade e que estudantes de movimentos políticos distintos auxiliam no apoio às vítimas.
Na nota, a faculdade também diz que ainda não foi possível identificar os agressores e citou outros casos recentes de violência no local. ;Não nos chegou evidência alguma de que os agressores sejam alunos ou membros da comunidade acadêmica, o que evidentemente ensejaria providências disciplinares rigorosas. Atos de violência, qualquer que seja sua motivação, são lamentáveis e inaceitáveis;, diz.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, acusou a esquerda de relação com o caso. ;Tenho NOJO de nazistas! A USP é de TODOS, sendo paga com o ICMS dos Paulistas! Esse episódio me lembra a lista que fizeram para marcar os calouros judeus, evangélicos e liberais! Dado que a bandeira deles já é vermelha, coloquem logo uma suástica e gritem: SIEG HEIL! HEIL LULA!”, escreveu no Twitter.
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