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Sinpro entrará na Justiça caso GDF não suspenda volta às aulas presenciais

Sindicato afirma que atual cenário não é seguro para retomar as atividades escolares presenciais. Retorno na rede pública está previsto para 31 de agosto

O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) considera entrar na Justiça contra o retorno das aulas presenciais na rede pública. A entidade afirma que irá recorrer a essa medidade caso o Executivo local não suspenda a retomada das atividades. 

Até o momento, as escolas públicas devem seguir o cronograma estabelecido pela Secretaria de Educação, com retorno a partir de 31 de agosto para educação de jovens e adultos. Porém, segundo o diretor do Sinpro Samuel Fernandes, o atual momento do DF em relação à pandemia não é seguro.  "Cerca de 460 mil alunos e 40 mil professores se aglomerando nas escolas públicas. O retorno presencial só será possível após o controle da pandemia e  das medidas preventivas, sanitárias e de segurança adotadas nas escolas", diz. 

Ainda de acordo com o diretor da entidade, recorrer à Justiça é a única alternativa caso o GDF não suspenda o retorno das atividades presenciais. "Se o governo não recuar da decisão do retorno presencial iremos judicializar para garantir a vida das pessoas."

Escolas particulares 

A retomada das atividades na rede particular de ensino segue indefinida. Nesta segunda-feira (3/8), o Ministério Público do Trabalho (MPT) apresentou uma proposta para que o retorno seja realizado de forma escalonada. O governador do DF, Ibaneis Rocha tem até esta quarte-feira (5/8) para avaliar o projeto e tomar uma decisão. 

Caso o GDF concorde com o cronograma apresentado, as atividades serão retomadas inicialmente para alunos do ensino médio, em 17 de agosto, e profissionalizante, em 24 de agosto. Caso o governo rejeite a proposta, caberá à Justiça definir se prorroga a liminar ou se suspende. 
 
Pandemia 
Até as 18h desta terça-feira (5/8), o DF somava mais 113 mil casos de covid-19. Segundo os dados da Secretaria de Saúde, a capital federal chegou a 1.432 óbitos.