Moradores do Distrito Federal têm a maior média de anos de estudo no país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua Anual (PNADC) - Educação 2019. A análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a população da capital com 15 anos ou mais estuda em média 11,5 anos, maior número entre todas as unidades da Federação e acima da média nacional, de 9,7 anos.
O DF tem ainda a maior taxa de escolarização do Brasil entre estudantes de 18 a 24 anos, de 46,2%. O índice mede a proporção de estudantes de determinada faixa etária em relação ao total de pessoas dessas mesmas idades, entre estudantes e não-estudantes. A capital também possui o terceiro menor percentual de pessoas entre 15 e 29 anos que não estudavam ou trabalhavam.
A pesquisa também conclui que as mulheres do DF levantam diversos índices entre os mais positivos do Brasil. A taxa de escolarização das residentes da capital entre 18 e 24 anos, por exemplo, é de 47,2%, maior percentual entre todos estados para essa faixa etária. Mulheres do DF entre 15 e 29 anos ainda se qualificam mais que os homens: 17,1% delas trabalhavam e estudavam, contra 16,8% deles.
O percentual de mulheres que frequentam especialização, mestrado ou doutorado é de 11,6%, superior à estatística de homens, de 9,2%. O número de pessoas que têm ensino superior também apresentou destaque entre a população feminina da capital, que representa 28,7% do dado, maior porcentagem entre mulheres do país e superior aos homens do Distrito Federal.
Desigualdade social
Apesar dos índices positivos, ainda há levantamentos que mostram a desigualdade social da capital do país. A diferença de porcentagem entre moradores da região de cor branca e negra com ensino superior completo chega a 19,4%, sendo que 20,8% das pessoas pretas ou pardas apontaram essa qualificação, contra 38,1% de brancos.
Há ainda uma diferença de 8,9% na taxa de escolarização de crianças brancas e negras entre zero a cinco anos. Alguns números da desigualdade estão em queda. Entre 2016 e 2019, houve aumento significativo da taxa de escolarização para pessoas 6 a 14 anos da cor preta ou parda, índice que passou de 98,9% em 2016 para 99,9% em 2019, bem próximo do acesso praticamente universal à escola para o grupo.