Doutor em educação pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, ele é o terceiro indicado para assumir o cargo em menos de um mês.
Iago Montalvão, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), diz que a entidade acredita que uma mudança de nome não poderá significar a diferença da forma com que o governo encara o setor educacional. “Ainda mais sendo um pastor, que vai carregar o projeto conservador. Mas o verdadeiro problema da educação no Brasil é o Bolsonaro”, afirma.
Ele reforça que a UNE seguirá na defesa da educação laica, pública, gratuita e de qualidade e pede a atenção para resolução de temas importantes que demandam urgência. “Como dar condições para que os estudantes tenham estudo em casa, com internet, computador, material de estudo, tanto no ensino médio quanto no superior”, afirma, em referência ao retorno das aulas em ensino remoto, já certo em instituições de renome como a Universidade de Brasília.
Além disso, é preciso evitar a evasão massiva que, segundo ele, tem ocorrido nas universidades particulares. Isso seria possível por meio de um plano de apoio aos estudantes. “Impedir demissão em massa de professores; uma discussão mais aprofundada e democrática sobre as novas datas do Enem e a votação urgente do Novo Fundeb. Todas essas questões o governo tem ignorado”, denuncia.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), optou por não se manifestar sobre o novo ministro. O Semesp, a Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES) e a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) divulgaram notas oficiais desejando êxito à gestão do novo ministro.
“É uma ótima notícia para fecharmos a semana, pois temos inúmeros assuntos pendentes na área de educação como pauta prioritária a fim de obter um ensino de qualidade no país”, diz a Fenep. Confira na íntegra as notas do Semesp, da ABMES e da Fenep:
SEMESP - NOTA À IMPRENSA
"O Semesp espera que a escolha do Prof. Dr. Milton Ribeiro como ministro traga uma nova orientação para o Ministério da Educação, com a adoção de uma política pública considerada como política de Estado que permita ao país superar seus atuais desafios nessa área.
Reconhecidamente o novo ministro acumula experiências exitosas em sua trajetória profissional e elas deverão contribuir para que a educação brasileira resolva as questões de acesso e oferta de oportunidades de aprendizado com qualidade, em todos os níveis educacionais, para pessoas de diferentes perfis e diferentes condições sociais.
Como sempre, o Semesp se coloca à disposição do novo ministro para contribuir com esse objetivo por meio do diálogo e da apresentação de propostas e sugestões que sejam capazes de refletir o consenso entre o setor público e setor privado."
ABMES - NOTA À IMPRENSA
Milton Ribeiro é doutor em Educação, tem experiência em gestão universitária e um perfil discreto. A Universidade Mackenzie, onde ele atuou, é uma das mais tradicionais e prestigiadas instituições privadas do Brasil. Com esse currículo sólido, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) estima êxito ao professor no cargo de ministro da Educação.
Este é um momento desafiador em consequência da pandemia da Covid-19 e toda a atenção será necessária para que a retomada segura das atividades acadêmicas presenciais. Esperamos ter com o novo ministro um diálogo propositivo em prol da educação superior de qualidade no país. Estamos à disposição para manter a contínua contribuição na pauta positiva das políticas públicas necessárias para ampliar a inclusão e a democratização do ensino superior, apoiando a volta do crescimento do acesso ao setor privado de educação superior.
FENEP – NOTA À IMPRENSA
A Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP) deseja ao novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, que é doutor em Educação, com experiência em gestão universitária, pleno êxito na nova empreitada à frente dos desafios da educação brasileira. Estamos num momento que merece total atenção devido ao atual cenário que vivemos, em decorrência da Covid-19, somado à reabertura das escolas, com a modalidade presencial.
A expectativa da FENEP é somar junto à pasta, uma vez que representa um segmento composto por mais de 40 mil instituições, independente e que emprega mais de 1,7 milhões de pessoas, em sua maioria mulheres com curso superior, para atender mais de 15 milhões de alunos da educação infantil à pós-graduação.
A escolha, confirmada pelo presidente da República em sua página no Facebook e publicada em edição extra no Diário Oficial da União desta sexta-feira (10), é uma ótima notícia para fecharmos a semana, pois temos inúmeros assuntos pendentes para tratarmos a Educação como pauta prioritária a fim de obter um ensino de qualidade no país.