Correio Braziliense
postado em 30/06/2020 11:55
Após diversas polêmicas envolvendo o currículo do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli da Silva, apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na última quinta-feira (25), acumula mais uma fraude. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) negou que Decotelli tenha sido professor da instituição.
Em nota enviada ao Eu, Estudante, a FGV confirmou o curso de mestrado de ministro, concluído em 2008, mas negou que ele tenha feito parte da comunidade docente. “Professor Decotelli atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação”, afirma o texto.
A FGV afirma ainda que Decotelli não foi pesquisador da instituição e, também, não teve pesquisas financiadas pela instituição.
Decotelli afirmou que teria sido professor da FGV no currículo da plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Mais polêmicas no currículo
Desde que foi nomeado a ministro, Carlos Alberto Decotelli da Silva teve titulações apresentados em seu currículo desmentidas. Ainda nesta segunda-feira (30), a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, confirmou em nota que Decotelli não concluiu programa de pós-doutorado pela instituição.
“Ele não obteve nenhum título em nossa universidade. A Universidade de Wuppertal não pode fazer nenhuma declaração sobre títulos obtidos no Brasil.”
Na sexta-feira (26), Franco Bartolacci, reitor da Universidade de Rosário, na Argentina, desmentiu publicamente publicação feita em rede social em que o chefe do executivo, Jair Bolsonaro, afirma doutorado de Decotelli pela instituição.
Saiba Mais
"Precisamos esclarecer que Carlos Alberto Decotelli da Silva não obteve na @unroficial o doutorado mencionado nesta comunicação", escreveu o reitor.
Além disso, em mais uma polêmica envolvendo a títulos na FGV, uma análise feita pelo UOL apontou fraudes na dissertação de mestrado do ministro da Educação.
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