Correio Braziliense
postado em 04/06/2020 05:59
Assim como a retomada de algumas atividades na capital, a Secretaria da Educação anunciou, ontem, o retorno do ano letívo por meio de aulas não presenciais. De acordo com o cronograma divulgado pela pasta, o ensino a distância obrigatório, com teleaulas e acesso a plataformas na internet, está marcado para 29 de junho. O anúncio ocorreu durante uma live no YouTube pelo secretário João Pedro Ferraz. A retomada será mediada pela tecnologia. Na mesma data, está prevista a liberação da plataforma Google Sala de Aula, com acesso gratuito para professores e estudantes da rede pública cadastrados.Para garantir que o retorno das atividades escolares ocorra de forma ordenada, a volta de gestores e professores está prevista para hoje e amanhã, respectivamente. De 8 a 12 de junho, os docentes passarão pelo acolhimento e pela formação, para que, de 15 a 19 de junho, eles possam produzir os conteúdo para a plataforma. Em 22 de junho, as aulas são retomadas, mas sem controle de presença. A partir de 29 de junho, a frequencia do aluno será aferida.
Aqueles que não tiverem acesso ao conteúdo digital poderão acompanhar as aulas pela televisão ou por material impresso. Segundo o secretário de Educação, a pasta vai tentar suprir todas as necessidades. “Nem todos têm internet, então nós estamos correndo para fazer com que o maior número de alunos possível tenha acesso à internet. Se não tiver acesso à internet, vamos mandar o conteúdo pela televisão. Não tem acesso à internet e à televisão? Nós vamos tentar levar o material físico à casa do aluno. Vamos tentar atender a todos”, declarou João Pedro durante a live.
Coordenador do Escola em Casa DF, David Nogueira também participou da transmissão. Ele informou que as aulas ministradas pela televisão serão ao vivo e depois estarão disponiveis na plataforma digital para acompanhamento dos estudantes. Além disso, David esclareceu que a frequência e a avaliação serão feitas pelos professores por meio da realização de atividades. A pasta informou que as aulas presenciais só retornarão por decisão do governador, quando Ibaneis tiver certeza de que a pandemia esteja sob controle e não ofereça mais riscos à comunidade escolar.
Ao Correio, a diretora do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) Rosilene Corrêa avalia que as aulas remotas propõem atividades em que os professores estão sujeitos a se deslocar às unidades de ensino e se preocupa com o envio de material impresso aos alunos durante uma pandemia. “Todos estamos correndo risco, mas não dá para pegar uma parcela dos alunos e dos professores e colocar em maior risco”, diz. A diretora do Sinpro chama a atenção para uma pesquisa realizada pelo sindicato, a qual indica que mais de 100 mil alunos da capital não teriam acesso a recursos tecnológicos. “Nós entendemos que é preciso tomar providências, mas que elas, de fato, contemplem todos, que ninguém fique excluído nesse atendimento. Para isso é necessário que o governo garanta acesso (aos conetúdos) da totalidade dos alunos e às condições de trabalho dos professores”, pontua.
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