Na manhã de sexta-feira (15/5), o ato organizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), em parceria com o Diretório Central dos Estudantes Hoje (DCE) da Universidade de Brasília (UnB), em frente a sede do Ministério da Educação (MEC), pediu o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a queda do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Eles alegam que as adversidades provocadas em função da pandemia do novo coronavírus aumentam a desigualdade já existente e impedem que os alunos tenham condições para continuar se preparando para a prova.
Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, revelam que 21% dos domicílios brasileiros não têm acesso a internet em casa. E 42% dos candidatos não têm computador.
Além disso, o acesso a outros materiais como livros físicos também fica restrito. Uma vez que os livros didáticos que estudantes usam são os fornecidos pela escola. A UNE aponta também para os locais de estudos, que muitas vezes não proporcionam o espaço adequado para os jovens se concentrarem.
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Inscrições continuam
As inscrições para o Enem foram abertas na segunda-feira (11/5) e seguem até 22 de maio. Já são 2,4 milhões de estudantes cadastrados para participar do exame. O MEC segue ignorando a mobilização da classe estudantil como os protestos virtuais da hashtag #AdiaEnem, que ocorre nesta sexta-feira (15), convocada pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) por meio das redes sociais. A pandemia mundial do novo coronavírus já atingiu a marca de mais de 14 mil mortos só no Brasil.