A Secretaria de Educação (SE) vai entregar a Escola Classe 3 da Estrutural, voltada para os anos iniciais do ensino fundamental. O espaço da escola foi adaptado e cedido pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab).
Foram investidos R$ 1,5 milhão no protótipo da Codhab. O prédio tem uma área total de 1.090m² distribuídos em quatro andares. Esta semana, a companhia vai dar início aos procedimentos de vistoria e obtenção de Habite-se do prédio.
A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) fará a ligação do prédio com rede de água e esgoto do edifício. A Secretaria de Economia fará a distribuição do imóvel para a Secretaria de Educação (SEE-DF), que será a gestora do espaço. Feito isso, a SEE-DF solicitará a ligação da energia pela Companhia Energética de Brasília (CEB).
Inicialmente, planejava-se que o edifício fosse multifuncional e abrigasse várias áreas de governo, mas, por fim, o GDF concluiu, após parecer da Secretaria de Educação, que o prédio não deveria misturar crianças em aula com os demais serviços da administração pública.
Segundo o secretário de Educação, João Pedro Ferraz, a EC 3 cumpre o plano do governo de iniciar a substituição dos gastos com transporte em investimentos em escolas perto de casa. Ele acrescenta que a entrega é positiva para comunidade por oferecer novas possibilidades para as famílias.
Segundo dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) da Companhia do Desenvolvimento do Planalto Central (Codeplan), de 2018, na RA XXV do DF, frequentam escolas 72,2% das crianças entre 4 e 5 anos. A pesquisa também indica que 50,6% dos estudantes da Estrutural estão em escolas da própria região.
De acordo com o Censo Escolar de 2019, 946 crianças estão matriculadas na educação infantil e 3.187 nos anos iniciais do ensino fundamental. A Estrutural conta com mais cinco unidades escolares: as Escola Classe (EC) 1 e 2, os Centro de Ensino Fundamental (CEF) 2 e 3 e o Centro Educacional (CED) 1.
Relembre
Em 2016, o CED 1 da Estrutural teve o pior desempenho no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2015. Apesar disso, os gestores da escola na época comemoraram o resultado. Três anos depois, o mesmo centro serviria de teste para a gestão compartilhada das escolas com a Polícia Militar, conhecida como militarização.
Outra polêmica envolvendo o ensino na região foi a interdição da EC 1 por quatro anos e oito meses, devido a um vazamento de gás metano. A escola foi construída em cima do antigo Lixão da Estrutural. A reabertura da unidade foi questionada por especialistas preocupados com os riscos à saúde de estudantes e professores.
Apesar das dificuldades, quem estuda na Estrutural encontra formas de exercitar a criatividade, como os estudantes do CEF 2, que, em 2018, produziram um curta-metragem para discutir bullying.