Correio Braziliense
postado em 06/05/2020 14:55
O Ministério da Educação (MEC) divulgou, na manhã desta quarta-feira (6/5), uma nova versão do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). As provas anuais, que se iniciarão no próximo ano, podem substituir o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tradicional e garantir aos estudantes, de escolas públicas e particulares, a entrada no ensino superior. A medida foi publicada em portaria do Diário Oficial da União (DOU), assinada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. Vinculado ao MEC, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é responsável pela aplicação do Saeb.
“Além do Enem tradicional que vai continuar existindo, nós vamos oferecer o Enem seriado, que é justamente a aplicação das provas do Saeb no 1º ano, no 2º ano e no 3º ano”, explica o presidente do Inep, Alexandre Lopes. Os novos exames serão aplicados aos estudantes da 2ª série do ensino fundamental até a 3ª série do ensino médio. A implementação se dará de forma gradual a partir do segundo semestre de 2021, com o 1º ano do ensino médio.
As provas serão em papel até o 4º ano do ensino fundamental e eletrônicas do 5º em diante. “No futuro, as provas digitais serão adaptativas, ou seja, a cada item que o aluno fizer, o equipamento sorteará a próxima questão, baseada na resposta dada no item anterior. Cada avaliação, portanto, será única para cada estudante”, informa o ministério. Dessa forma, o exame levantará estimativas mais precisas da proficiência dos alunos, assim como reduzirá o tempo da coleta de dados e da divulgação dos resultados.
Nas redes sociais, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirma que o novo modelo de avaliação contribui para a redução de desigualdades: “ Nos dá um raio-x do ensino, diferentemente da prova do Enem”. Para o ministro, essa é uma mudança profunda na educação brasileira que levantará indicadores importantes para tirar o Brasil dos piores índices da América Latina.
Saiba Mais
“Os professores que atuarão junto às nossas equipes técnicas dentro do Inep serão multiplicadores desses conhecimentos nas suas redes. Por isso, é extremamente importante envolvê-los, pois esses professores estão na ponta com o processo de avaliação nacional”, aponta Alexandre Lopes.
*Estagiária sob supervisão de Fernando Jordão
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