Jornal Correio Braziliense

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Processo de gestão compartilhada começa em mais cinco escolas

As secretarias de Educação e da Segurança devem cumprir três etapas para a implementação do modelo até a chegada de policiais nos pátios e corredores dos colégios

A partir desta terça-feira (20/8), representantes da área da educação e da segurança pública iniciaram as tratativas para implementar a militarização em cinco novas escolas. A gestão compartilhada ocorre de forma gradativa e envolve ao menos três etapas. Só depois disso é que tem início a presença de policiais fardados nos pátios e corredores, o que deve ocorrer em até duas semanas.

Na primeira fase, ocorre o alinhamento interno entre a Secretaria de Educação e Segurança Pública. É nesse estágio que os representantes discutem os procedimentos a serem adotados. Em um segundo momento, há adaptação com professores e servidores, como maior rigidez no horário de entrada. Por último, começa o envolvimento com alunos a partir da implantação do modelo militarizado.

As escolas que se somam às outras quatro com gestão compartilhada são o Centro Educacional 1 do Itapoã (CED 1), Centro de Ensino Fundamental 19 de Taguatinga (CEF 19), CEF 407 de Samambaia, CEF 1 do Núcleo Bandeirante e Centro Educacional Condomínio Estância III, em Planaltina. Nessa última, o envolvimento entre os representantes da educação e segurança pública está adiantada, pois a comunidade aprovou a participação de policiais militares em 10 de agosto. Na eleição, alunos, pais, responsáveis e servidores aceitaram a medida com 59,69% dos votos.

Nas outras quatro instituições, a eleição ocorreu no último fim de semana, mas o ato ficou marcado por polêmica. Três escolas apoiaram a mudança, mas em duas ; CEF 407 de Samambaia e Centro Educacional Gisno ; a comunidade rejeitou a proposta com 58,49% dos votos e 57,66%, respectivamente. Mesmo assim, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decidiu pela militarização à revelia do resultado. O Gisno é o único colégio da relação que, por enquanto, terá o debate ampliado.

Militarização

A ideia de levar policiais militares para as escolas faz parte do Programa de Gestão Compartilhada. As escolas continuarão seguindo as Diretrizes Curriculares da Educação da rede pública. Professores, orientadores e coordenadores serão responsáveis pelo conteúdo pedagógico das classes. Mas os militares ministrarão, no contraturno escolar, disciplinas relativas à cultura cívico-militar ; como ética e cidadania ;, oficinas de banda de música, musicalização, esportes e ordem unida.

Em fevereiro, o governador anunciou que até o fim do ano queria reproduzir o modelo em outras 36 instituições de ensino públicas da capital. As escolas adotarão o formato de colégios militares em relação à exigência da disciplina, ao cumprimento de horários e uso de farda.