Jornal Correio Braziliense

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Pesquisa ajuda na constatação das desigualdades educacionais no Brasil

Indicador de Desigualdades e Aprendizagens aponta o nível de aprendizagem dos estudantes de cada município brasileira e a desigualdade de aprendizagem entre grupos sociais


A Fundação Tide Setubal e pesquisadores em educação lançam o Indicador de Desigualdades e Aprendizagens (IDeA). Para cada município brasileiro, ele aponta o nível de aprendizagem dos seus estudantes e, ao mesmo tempo, a desigualdade de aprendizagem entre grupos sociais, definidos por nível socioeconômico, raça, ou gênero. Os estudantes avaliados concluíram a primeira e segunda etapa do ensino fundamental (5; ao 9; ano).

O indicador revelou que os alunos que estão em municípios em situação de equidade estão concentrados no níveis de aprendizagem mais baixos. Nos municípios com alto nível de aprendizagem, poucos estudantes estão em situação socialmente igual.

Para o 5; ano, 0,2% dos locais analisados estão com alto nível de aprendizagem e igualdade socioeconômica considerando a matéria de matemática e 0,4% para língua portuguesa. Ao compara pretos e brancos, a proporção é de 0,7% para matemática e 1,5% para português. Para o 9; ano, nas mesmas situações de alto aprendizado e equidade em nível socioeconômico, há 0,1% de municípios nessas condições para matemática e 0,1%, para língua portuguesa e, entre pretos e brancos, essa proporção é menor ainda, chegando a quase zero nas duas disciplinas.

Na análise por gênero, em situação de equidade e aprendizagem alta,há no 5; ano 9,6% dos municípios nessas condições para matemática e 2,5% para língua portuguesa. No 9; ano, 0,7% para matemática e 0% para língua portuguesa.

De maneira geral, quando se comparam os resultados dos dois anos, nas duas disciplinas, há menos municípios nos níveis mais altos de aprendizagem no 9; ano do que no 5; ano. Há mais igualdade para língua portuguesa, tanto para nível socioeconômico, como raça e gênero; em matemática, no 9; ano, há mais equilíbrio entre grupos de nível socioeconômico. No entanto, nas duas disciplinas, o 9; tem mais municípios em situação de desigualdade alta tanto em nível socioeconômico, como em raça.

O indicador foi lançado em 25 de junho em São Paulo e pode ser consultado no portal.