Um professor de filosofia do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) relata que recebeu diversas ameaças por meio das redes sociais após vídeo em que ele aparece ser publicado na internet.
Na quinta-feira (30), data em que ocorreram diversas manifestações pelo país contra os cortes na educação, o Ministério da Educação (MEC) publicou uma nota em que diz que professores que coagem alunos a participarem dos atos estariam agindo de forma ilegal e encorajando que os estudantes denunciassem essas atitudes.
Na publicação, Wanderlan diz que a instituição está quase fechando as portas e fala que os alunos precisam ser revolucionários, que cada um deveria assumir seu papel.
De acordo com o professor Wanderlan, a fala dele não se tratava de um chamamento para as manifestações. ;No vídeo que viralizou, eu não faço nenhuma convocação. Eu chamo para a defesa da educação pública, que pode ser feita por meio de vários universos. Isso por entender que esse é o caminho, temos que defender a instituição pública e a educação;, afirma.
Após o vídeo ser publicado, o professor relata que foram diversos os comentários de ódio em seu perfil do Facebook. ;Foi por meio das minhas redes sociais. Fui chamado de lixo humano, que meus dias estão contados, que se me encontrarem na rua me deixariam em coma;, conta.
Com isso, o docente fechou o perfil na rede social e diz está tomando as medidas cabíveis. ;Eu, com a assessoria jurídica do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas, estamos apurando para que possamos tomar as devidas providências para que meus direitos sejam garantidos;, afirma.
;Nós, professores, técnicos e alunos estamos sempre abertos ao diálogo. Somos seres que dialogam. Vamos esquecer o discurso de ódio;, faz o pedido.
*Estagiária sob supervisão de Ana Sá