Jornal Correio Braziliense

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Bolsonaro nega cortes e diz que haverá mais recursos para a educação básica

O presidente disse que a decisão do governo de contingenciar recursos nas universidades públicas não é por 'maldade'


O presidente Jair Bolsonaro nega que o governo tenha cortado 30% da educação. Em resposta a crianças da Escola Estadual Calunga I, de Cavalcante (GO), disse nesta quarta-feira (8/4) que está pegando recursos ;de uma área e botando em outra; para prover mais recursos para a educação básica. O contato foi feito do Palácio do Planalto diretamente com o colégio, por meio de uma conexão online para inaugurar um programa governamental de expansão da internet nas instituições de ensino público no país.

[SAIBAMAIS]A decisão do governo de contingenciar recursos nas universidades públicas não é por ;maldade;, declarou Bolsonaro. ;Mas não temos como pagar as dívidas que o Brasil tem e, por isso, esse contingenciamento. Mas podem ter certeza que, mesmo com poucos recursos, estamos atendendo esse projeto de vocês. E isso custa dinheiro, mas para vocês não vai custar nada. As verbas (dos ministérios) da Ciência e Tecnologia e Educação que vão manter a internet funcionando aí;, destacou.

O acesso à internet no colégio vem de um satélite geoestacionário lançado há dois anos, na gestão do ex-presidente Michel Temer. O equipamento vinha sendo utilizado pelos militares, mas, até o momento, a aplicação para civis era tímido. Nos últimos três meses, no entanto, o governo Bolsonaro instalou 3,8 mil pontos pelo país, que atendem a 3,4 mil escolas. O programa alcança, atualmente, 1 milhão de crianças.

A estimativa é expandir a ação para 6,5 mil pontos até agosto e 10 mil escolas até dezembro. A meta, no entanto, é instalar 50 mil pontos. Os outros 40 mil deverão ser demandados por prefeitos, vereadores, senadores, deputados estaduais e federais, declarou Bolsonaro. Serão estabelecidos critérios para atender as unidades mais distantes e os contatos deverão ser feitos junto aos ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia. O satélite tem custo diário de R$ 800 mil e, até então, atendia a ;meia dúzia de escolas;, segundo o governo.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi didático para explicar aos estudantes as dificuldades orçamentárias contextualizadas por Bolsonaro. ;O Brasil estava em situação muito difícil. Estávamos afundando e o Brasil parou de afundar. Mas o Brasil ainda não decolou. O fato de termos parado de afundar permite a gente poder respirar e fazer pequenos investimentos, como esse (de acesso à internet nas escolas);, sustentou. Para, enfim, decolar, o ministro associou à necessidade de aprovação da reforma da Previdência. ;Vai mudar o Brasil para vocês que estão aí na sala de aula e, por isso, estamos lutando;, destacou.