Paula Beatriz Querema e Silva*
A terceira exposição que o Espaço Cultural Renato Russo (ECRR), localizado na 508 Sul, recebe desde sua abertura, em julho de 2018, é a mostra W3 Divergentes Brasílias que conta com imagens da fotógrafa Zuleika de Souza. As fotos, expostas na Galeria Parangolé do local, retratam a tradicional avenida W3, a primeira inaugurada em Brasília. As obras inspiram debates sobre o estado de conservação e a importância de restaurar e manter vivo esse patrimônio da capital federal.
;Ao plotar as imagens em adesivos aplicados diretamente na parede e criar amplos mosaicos que exibem grande número de cenas, texturas e também alguns personagens, Zuleika traz a W3 para o interior da Galeria Parangolé;, afirma Graça Ramos, doutora em história da arte.
A fotojornalista brasiliense Zuleika de Souza explica o objetivo do trabalho. ;A intenção da exposição não é mostrar a parte histórica, mas trazer um debate sobre o estado da avenida e como a população pode contribuir para melhorá-la;, diz Zuleika.
O público tem recebido bem a mostra. Pessoas que passam pela W3 Sul aproveitam para visitar o Espaço Cultural Renato Russo e saber mais sobre a avenida. ;A exposição tem superado nossas expectativas;, comemora Max Lage, representante do Instituto Bem Cultural, que administra a programação do espaço. Segundo ele, a artista tentou transcrever, por meio das fotografias, o olhar dela sobre a avenida W3 Sul.
;Toda pessoa que entra na Galeria Parangolé do ECRR deve se sentir na avenida W3. A Zuleika conseguiu captar a avenida de forma humana e improvisada e mostra como a intervenção humana fez um furo na capital planejada;, afirma Leonardo Hernandes, vice-presidente do Instituto Bem Cultural e coordenador geral do Espaço Culturla Renato Russo.
Não perca!
A exposição W3 Divergentes Brasílias está aberta à visitação no ECRR, na 508 Sul, de terça-feira a domingo, até 3 de fevereiro. Entrada livre e gratuita.Espaço Cultural Renato Russo
O ECRR faz parte da história cultural de Brasília e ajudou a formar grandes artistas, como Zuleika de Souza, que trabalhou durante muito tempo no Correio Braziliense. O espaço havia sido fechado em 2013 e depois, reaberto, em julho do ano passado. Atualmente, o local recebe oficinas e exposições gratuitas. Para conferir a programação, acesse o site.
*Estudante de jornalismo do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) sob a supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa