A direção do Centro Educacional Logos, de Samambaia, enviou nota à Redação do Correio esclarecendo que Paulo Victor Bezerra, acusado de ter agredido o professor de espanhol Cristiano Alexandre Batista não é advogado nem sócio do estabelecimento, mas funcionário da área administrativa responsável pelos processos de homologação de contratos.
Na nota, o advogado Edmilson Macedo responsabiliza os meios de comunicação pela veiculação da informação: "A Instituição usará do seu direito de resposta para se pronunciar acerca do assunto, pois, infelizmente, a mídia quer ;vender; conteúdo e, para isso, é capaz de exagerar nas notícias para torná-la, sensacionalista, e atrair um grande público. No final da manhã, o funcionário Paulo Victor Bezerra foi demitido.
A Redação do Correio esclarece que a pauta foi devidamente apurada na tarde de quinta-feira (7/6), tendo sido enviado à direção da escola e-mail considerando Paulo Victor Bezerra advogado e sócio do estabelecimento. Não houve contestação no e-mail de resposta da instituição.
O Centro de Ensino Logos, contudo, repudia a agressão cometida por seu funcionário e informa que ele receberá as medidas cabíveis ao caso, além de explicar o motivo pelo qual demitiu o docente Cristiano Alexandre Batista. Um dos motivos foi a prática de bullying contra alunos. Com relação a essas acusações, o professor Cristiano Alexandre Batista disse que não procede: " Estou recebendo muitas mensagens de pais e alunos me apoiando. No dia em que me deram a suspensão, eu estava de atestado médico. Isso é um absurdo! Uma atitude leviana. Sempre tive uma ótima relação com meus colegas e os alunos. Graças a Deus, estou recebendo apoio dos pais e alunos".
Cristiano também enviou fotos de comentários e posts realizados sobre sua situação em redes sociais, além de vídeos produzidos na manhã desta sexta-feira (8), de ex-alunos no Centro de Ensino Logos em sua defesa.
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Confira abaixo a nota
"Vimos através deste buscar esclarecer os fatos veiculados na data de ontem pela mídia. Primeiramente, comunico que não se trata do dono, sócio, diretor ou advogado da escola e, sim, de um funcionário do setor administrativo que era responsável por realizar as homologações no sindicato e por questões administrativas. Informamos também que a Instituição usará do seu direito de resposta para se pronunciar acerca do assunto, pois, infelizmente, a mídia quer "vender" conteúdo e, para isso, é capaz de exagerar nas notícias para torná-la sensacionalista e atrair um grande público.
Vamos aos fatos: o professor em questão entrou na instituição em meados de 2017 para dar aula de espanhol para alunos do 6; ao Ensino Médio e não tivemos nenhum tipo de problema com o ele. Acontece que, este ano, sua postura mudou e passamos a receber muitas reclamações dos alunos e de pais, pois ele vinha praticando brincadeiras inapropriadas, chegando a cometer Bullying contra os alunos. Em um dos casos, chamou uma aluna de burra e cínica e, outro aluno, de demônio. Tais situações são inadmissíveis para a postura de um docente, podendo causar traumas aos alunos. Diante da gravidade, o professor que já havia sido alertado por meio de conversa com a coordenação, não modificou a sua postura e, cada vez mais, foram surgindo casos de alunos reclamando da conduta do docente. Sendo assim, optamos pela aplicação da suspensão de três dias como medida disciplinar. Posteriormente, optamos por desligá-lo, pois sua postura continuou inadequada e alguns pais exigiram providências da escola (tínhamos a opção de desligá-lo por justa causa, mas decidimos não fazê-lo). Ontem, no Sindicato, o professor questionou o pagamento desses três dias (referentes à suspensão) alegando estar de atestado, e não é verdade. Temos toda a documentação que comprova, inclusive, que a data da demissão foi posterior ao último atestado entregue. A seu tempo, a escola será resolvido na esfera jurídica.
Quanto ao funcionário Paulo Victor, o mesmo foi fortemente insultado pelo professor e os representantes do sindicato nada fizeram, infelizmente, em um ato impensado não resistiu à agressão verbal e tomou uma atitude que a direção desta Instituição repudia, pois em 28 anos de existência nunca passamos por tal situação. As medidas cabíveis estão sendo tomados com relação à postura do funcionário. A título de esclarecimento, informamos que até o presente momento nenhuma ação judicial e nem administrativa envolvendo o respectivo professor é de conhecimento da Instituição. Vale dizer que causa estranheza a postura do Sindicato da categoria ao tentar fazer com que o presente fato venha macular uma história de mais de 28 anos de existência. O presente fato poderia ter sido evitado pelo próprio Sindicato que naquele momento percebendo que tanto o professor quanto o funcionário da Instituição estavam com os ânimos acirrados, mas, nenhuma atitude preventiva foi providenciada pelo Sindicato. Nessa seara, vale dizer também que o funcionário da Instituição, no caso o Sr. Paulo Victor Bezerra , conforme demonstram as imagens, ficou o tempo todo de pé tendo em vista que o mesmo estava homologando ao mesmo tempo duas rescisões de professores. Ou seja, deve ficar registrado que em momento algum o fato de o mesmo estar em pé não com intuito de querer intimidar o ex colaborador, no caso o professor Cristiano.
Ressalta-se ainda que a Instituição durante todos esses anos sempre respeitou todos os seus colaboradores e sempre manteve-se adimplente com todas as usas obrigações tributárias, previdenciárias, trabalhistas e demais consectários. A Instituição encontra-se à disposição para prestar maiores esclarecimentos para o nosso público.
Att,
Direção Geral"
*Estagiária sob supervisão de Ana Sá