O governo federal lançou nesta quarta-feira (28/3) o Programa Mais Alfabetização. O projeto tem o objetivo de fortalecer e apoiar as escolas no processo de alfabetização de crianças nos 1; e 2; ano do ensino fundamental. A ação contará com R$ 523 milhões entre 2018 e 2019. Sendo que, apenas este ano, serão providos R$ 253 milhões, sendo R$ 124 milhões de maneira imediata para as escolas de estados e municípios em todo o país. A segunda parcela será liberada no segundo semestre de 2018.
A ação do governo visa reverter o atual quadro da alfabetização no país, que não tem apresentado bons resultados. Levantamento de 2016 da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) aponta que 54,7% dos estudantes acima dos oito anos permanecem em níveis insuficientes de leitura, encontrando-se nos níveis 1 e 2. O Programa Mais Alfabetização prevê, ainda, a implementação de assistentes de alfabetização.
Os assistentes darão suporte aos professores no processo educacional. Os candidatos passarão por um processo de seleção elaborado pelos municípios. Os que forem selecionados deverão se dedicar exclusivamente às atividades de alfabetização sob a supervisão do docente alfabetizador. Para o ministro da Educação, Mendonça filho, o projeto é uma maneira de assegurar mais igualdade às crianças. ;Como um filho de uma família de classe média é alfabetizada aos seis anos e o filho do pobre vai ser alfabetizado -- e mal -- aos oito ou nove anos? Já começa sua vida com distância de dois a três anos para uma família de classe média. Para mim, isso é inaceitável;, avaliou.
A expectativa do ministro é de que o programa possa render resultados a médio e longo prazo. ;A luta é assegurar a todas as crianças a oportunidade de alcançar a alfabetização plena aos filhos das famílias mais pobres. Isso produz justiça e igualdade;, ponderou. Ao todo, 49 mil escolas fizeram a adesão ao Mais Alfabetização. Ao todo, atendem a 3,6 milhões de estudantes em 156 mil turmas do 1; e 2; ano do fundamental. Os recursos serão destinadas a esses colégios se estiverem cadastrados no Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec) e não tiverem pendências em prestações de contas anteriores.