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Sai resultado de instituições selecionadas para ofertar cursos

O Ministério da Educação divulgou nesta quarta-feira, 27, a lista de instituições federais de educação superior selecionadas para oferecer cursos de formação continuada, em nível de aperfeiçoamento, com foco na prevenção e combate à violência, ao preconceito e à discriminação no ambiente escolar. Foram contempladas as universidades federais da Paraíba (UFPB), do Tocantins (UFT), do Paraná (UFPR) e do Rio de Janeiro (UFRJ).

Das quatro propostas selecionadas, duas se enquadram na linha temática educação em direitos humanos e as outras duas em bullying e violência, preconceito e discriminação. Cada projeto receberá até R$ 300 mil.

A UFPB foi selecionada com a proposta do curso Educação em direitos humanos, que será realizado nos municípios de João Pessoa, Bayeux, Santa Rita e Cabedelo. O objetivo é incentivar a elaboração de práticas pedagógicas voltadas à construção da uma cultura de paz, por meio da reflexão sobre o currículo e a realidade em que a comunidade escolar está inserida.

Também selecionada na linha de educação em direitos humanos, a UFT ofertará o curso Formação continuada de professores em educação e direitos humanos: interdisciplinaridade, transversalidade e intervenção pedagógica na educação básica do estado de Tocantins. Ocorrerá nos municípios de Araguatins, Araguaína, Colinas do Tocantins, Guaraí e Tocantinópolis ; todos na região norte do estado, com altos índices de vulnerabilidade social. O objetivo é consolidar uma agenda pública de promoção e proteção dos direitos humanos.

Já a UFPR vai oferecer o curso Aprendendo a conviver: estratégias de enfrentamento à violência na escola. Será ofertado nos municípios de Campo Largo, Curitiba, Pinhais, Piraquara e Colombo. A instituição se propõe a fortalecer entre os profissionais de educação a compreensão de que o respeito às diferenças e o reconhecimento da diversidade fazem parte do mesmo processo educacional.

A UFRJ, por sua vez, foi selecionada com o curso Ser diferente, ser igual, que será desenvolvido na capital carioca, nos territórios da Maré e Manguinhos; na região serrana de Nova Friburgo; na Baixada Fluminense, em Nova Iguaçu; e em Macaé.

A proposta foca o fortalecimento da cidadania de quem vive na área de alcance da escola, no intuito de prevenir e combater o bullying, a violência, o preconceito e a discriminação. A partir de uma metodologia participativa, o curso terá caráter interdisciplinar e pretende incentivar a participação de toda a comunidade escolar.

Pacto

Todas as instituições aderiram ao e já têm o comitê gestor constituído - requisitos necessários para participar da seleção. Ao todo, o MEC recebeu 47 propostas de 32 instituições federais.

;Nós pretendemos incentivar as instituições a lidarem com a convivência, com o respeito à diversidade, e a trabalharem com a pluralidade. Esperamos trazer essa mesma concepção para as secretarias de educação e fazer com que as universidades estejam mais próximas da educação básica;, explica o diretor de Políticas de Educação em Direitos Humanos e Cidadania do MEC, Daniel Ximenes.

Cabe às instituições contempladas a articulação com as secretarias de educação para a indicação das escolas, professores e demais profissionais da educação que vão participar dos cursos nas instituições formadoras. É necessária a presença de, pelo menos, um gestor escolar e dois professores da mesma escola.

O edital prevê que as articulações com as secretarias de educação sejam feitas ainda neste ano e que as aulas tenham início no primeiro semestre de 2018. Cada projeto deverá atender 250 inscritos, divididos em até cinco polos de atendimento, totalizando cerca de mil cursistas, no conjunto das quatro propostas.