Os 450 mil alunos matriculados na rede pública do Distrito Federal enfrentarão uma greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (15/3). O ato fará parte de uma série de manifestações, agendadas pelos profissionais da educação em todo o país, contra a Proposta de Emenda Constitucional n; 287/2016 (PEC da Previdência). O documento estabelece novas regras para a aposentadoria, como a exigência de idade mínima de 65 anos para o recebimento integral do benefício, além de 49 anos de contribuição com a Previdência Social. Vários atos estão previstos para amanhã, a partir das 8h, segundo o sindicato.
O ato foi proposto pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e teve adesão da categoria no DF durante assembleia geral em 13 de fevereiro. Além da pauta nacional, o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) delimitou outras questões como tema para a mobilização.
Entre elas, está o cumprimento do Plano Distrital de Educação (PDE) e a reivindicação do pagamento de valores e benefícios ainda não recebidos ou atrasados. Uma nova assembleia geral dos professores do DF está prevista para 21 de março, para decidir sobre a continuidade do movimento.
Corte na folha de ponto
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) decidiu ontem cortar o ponto dos professores que deixaram a sala de aulapara participar de assembleia promovida pelo Sinpro há um mês. O desconto vai constar da próxima folha de pagamentos. Da mesma forma, isso vai ocorrer com os docentes que aderirem a qualquer paralisação ou a novos movimentos.