Miguel Nagib, fundador do Movimento Escola sem Partido, que deu origem ao projeto de lei em discussão na Câmara, disse que o objetivo da proposta é coibir a propaganda político partidária nas escolas e a usurpação do direito dos pais de educar seus filhos.
Ele apresentou aos deputados uma gravação na qual um professor de uma escola particular no Pará criticava o juiz Sérgio Moro, em sala de aula, falava que o impeachment é um golpe e atribuía responsabilidade aos meios de comunicação pela crise política. "É Isso que muitos professores entendem por pensamento crítico: atacar quem se opõe ao seu pensamento político", disse Nagib.
Em um vídeo, ele apresenta um professor de filosofia que alerta os alunos para a consciência política e os mobiliza a participar de uma manifestação contra o governo Temer. "Isso é doutrinação político-partidária, prática disseminada em todo sistema educacional brasileiro", denunciou. Nagib também mostrou cartazes feitos por alunos do ensino fundamental em Santa Catarina que pregavam o fim do preconceito de gênero. "É papel da família decidir sobre quando e como abordar assuntos com implicações religiosas e morais com seus filhos", declarou.
Nagib disse que o movimento quer o debate qualificado na escola. "Propomos que sejam ensinadas as mais variadas versões e teorias", concluiu.
A audiência continua no plenário 10.
Agência Câmara