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Educadores reforçam, em Brasília, a necessidade de reforma do ensino médio

O Ministério da Educação, em parceria com o grupo Banco Mundial, organizou o seminário Evidências Internacionais para a Reforma do Ensino Médio no Brasil. Aberto nesta quinta-feira, 17, na sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em Brasília, o evento será encerrado na sexta-feira, 18, no escritório do Banco Mundial, também na capital federal. Na cerimônia de abertura, o titular da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Rossieli Soares da Silva, destacou a importância das alterações que estão em curso no Brasil. ;A oportunidade de mudança é uma chance para podermos caminhar, como vários países já fizeram;, afirmou.

Também presente, a secretária-executiva do MEC, Maria Helena de Castro, defendeu a reforma proposta pelo governo federal para o ensino médio. ;No momento em que a Finlândia extinguiu o conteúdo tradicional, só oferecendo língua e matemática, não faz sentido estarmos presos a um currículo ultrapassado;, disse. ;Precisamos entender do que nossos alunos precisam.;

No seminário, que reuniu especialistas em educação do Brasil e do exterior, foram relatados exemplos de nações como Suíça, Polônia e México, com a apresentação de mudanças similares à que está em curso no país. ;Entendemos que o Brasil precisa de uma discussão interna, mas ajuda ter exemplos do que já acontece no exterior;, disse o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser. ;O Banco Mundial tem um histórico de apoio em todo o mundo, temos ajudado os países parceiros a responderem à questão-chave: como as crianças e jovens estão adquirindo as habilidades que precisam?;

Exemplos

Integrante de uma das mesas de discussão, a diretora do Instituto Europeu de Educação e Política Social, Janet Looney, falou sobre a possibilidade de os estudantes estarem entediados com os currículos tradicionais. ;O que fazer a respeito?;, indagou.

Segundo ela, é necessário tornar os conteúdos relevantes, entender o que os estudantes precisam e quais são os interesses deles. ;Isso demanda uma quantidade grande de professores para atender aos interesses diferentes e necessidades de aprendizado de uma sala inteira;, disse. ;À medida que os professores desenvolvem mecanismos para orquestrar uma sala de aula inteira, conseguem dar aos alunos os testes que eles precisam para aprender e diagnosticar suas necessidades. Isso faz parte do trabalho do professor.;

Outro convidado foi Erik Swars, gerente internacional sênior do Instituto Federal para Educação Vocacional da Suíça. Em seu país de origem, os estudantes já escolhem, ao concluírem o ensino fundamental, entre o ensino médio ou o técnico. ;Na Suíça, o dado é surpreendente: dois terços dos jovens optam pelo caminho do ensino técnico;, revelou. ;Para os jovens, essa é uma opção muito atraente por causa do trabalho e do salário.;

Além disso, de acordo com Swars, os estudantes podem continuar no sistema educacional. ;É possível começar no ensino técnico e chegar ao doutorado, se ele optar por isso;, garantiu.

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