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Centro de Ensino Elefante Branco recebe Circuito de Ciências

Os estudantes do Plano Piloto e Cruzeiro apresentaram os projetos nesta quarta-feira (31) e concorrem a vagas no evento distrital, em outubro. Serão 14 mostras promovidas pelas regionais do DF

O Centro de Ensino Médio Elefante Branco recebeu, nesta quarta-feira (31), a exposição dos 60 projetos selecionados para a etapa regional Plano Piloto/Cruzeiro do Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal. As mostras regionais começaram ontem (30) e vão até 14 de setembro.

A partir dessa etapa, serão selecionados três projetos por regional de cada uma das oito categorias ; iniciação à ciência e pesquisa; desenvolvimento tecnológico e engenharia; ciências da terra; medicina; saúde e biologia; ciências sociais; comportamento e ciências; e artes ; para participar do evento distrital, de 18 a 21 de outubro no Parque da Cidade.

Essa é a sexta edição do circuito, que segue o tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia: ciências alimentando o Brasil. Segundo a coordenadora Regional de Ensino do Plano Piloto e Cruzeiro, Ana Lúcia Moura, todos os trabalhos têm temáticas em torno da alimentação e da sustentabilidade. Para Ana Lúcia, o circuito é importante para desenvolver o ensino, uma vez que os estudantes aplicam o que aprendem em sala de aula e ensinam aos pais e a outros colegas de forma lúdica. ;Todos os projetos apresentados são resultado de um trabalho feito nas escolas e nos quais o aluno é protagonista do seu conhecimento;, afirma.


Visão de estudante

A exposição tem alta adesão dos alunos, que gostam muito dos temas apresentados. As estudantes do Centro de Ensino Fundamental 1 de Brasília, Danyela Bose, 12 anos, Andressa Josmaria, 12, e Amanda Alves, 12, gostaram dos projetos. ;É legal porque a gente aprende muita coisa, um pouco de tudo. Tem planta, química e muita comida. Tem até sushi;, se diverte Danyela. Para Andressa, é um complemento ao ensino em sala de aula. ;É muito mais divertido aprender aqui do que em sala;, afirma.

As três meninas elegeram seu projeto favorito: o bolas flutuantes, feito pelos alunos do Centro Educacional 1 do Cruzeiro. Com ajuda do professor de geografia Josué Sales, os estudantes Nicole Ribeiro Porto, Marcos Rafael, Gabriel Rodrigues de Melo e Rafael da Silva Pereira, todos com 15 anos, desenvolveram trabalhos sobre densidade que podem gerar soluções sustentáveis para a poluição dos mares, rios e mananciais, com produtos químicos simples.

Nicole utilizou água, óleo e pastilhas efervescentes de carbono para montar a sua parte do projeto. A pastilha, no momento em que entra em contato com a solução, eleva a água. Como o líquido e o carbono não se misturam, a água desce pura, sem os materiais diferentes. ;O carbono representa uma possível solução que poderia pegar a poluição, levar para cima e depois a água voltaria pura, facilitando a limpeza dos mares;, explica a estudante.

Rafael Rodrigues de Melo e Marcos Rafael utilizaram água em diferentes temperaturas para explicar as correntes térmicas geográficas. ;Nós colocamos água gelada dentro um vidrinho com água quente. A água fria, mais densa que a água quente, desce, criando uma espécie de erupção. O mesmo ocorre com o ar frio, que vai para a parte de baixo, e o ar quente, que fica no alto. É como um ar-condicionado, se você colocar no chão, ele só vai resfriar os seus pés;, conta Rafael Rodrigues.

Na última parte, Rafael da Silva Pereira explica como eles entenderam os processos de densidade. ;Eu coloquei óleo, água e álcool. Se eu colocar óleo no álcool, ele tende a descer, porque quanto maior a densidade, mais embaixo fica. Se isso fosse uma praia, a gente poderia jogar um produto químico que separasse a poluição da água, e aí a sujeira subiria, tornando mais fácil fazer a limpeza;, relata Rafael.

Opinião profissional

Maria Eunice Amaral, coordenadora Pedagógica da Creche Casa do Candango, diz que a experiência é rica para crianças de todas as idades. ;Por causa do evento, decidimos revitalizar o nosso pomar e a horta, e foram outros espaços que conseguimos explorar com a creche, não só ficar em sala de aula;, conta. A escola escolheu os temas alimentação e consciência corporal, por meio dos quais criaram a geladeira consciente, que só aceita alimentos saudáveis, e o tapete tátil, feito de alimentos.

A coordenadora ressalta o papel do circuito para desenvolver o ensino dos estudantes. ;O circuito é muito válido. O evento é totalmente pedagógico, lúdico e rico. Nós vimos os resultados;, afirma Maria Eunice.

Próximos eventos

Até 14 de setembro, todas as regionais organizarão o evento de exposição dos projetos selecionados nas etapas locais. Amanhã (1;), a Escola Parque Anísio Teixeira da QNM 19, Conjunto O, em Ceilândia Sul e o Centro de Ensino Médio Núcleo Bandeirante (CEM NB), na 3; Avenida, Área Especial 4, Praça Oficial, no Núcleo Bandeirante, sediarão as próximas etapas.

Confira a programação completa.


Saiba mais sobre o circuito no site. A etapa distrital ocorrerá de 18 a 21 de outubro, no Pavilhão do Parque da Cidade.