Duas equipes representarão o Distrito Federal na Etapa Nacional de Robótica ; First Lego League (FLL), que ocorre neste fim de semana (19 e 20) no Serviço Social da Indústria (Sesi) de Taguatinga. Os grupos Lego Field e Lego of Olympus, ambos do Sesi Gama, terão a chance de representar o país na fase nacional da competição, que começará às 9h e terminará às 16h. Ao todo, serão 77 equipes com 750 participantes de todo o Brasil na disputa. Os três melhores times brasileiros poderão competir com participantes de todo o mundo na etapa internacional ; que ocorrerá em abril, em Saint Louis, nos Estados Unidos.
Com o objetivo de apresentar aos estudantes de 9 a 16 anos de escolas públicas e particulares o mundo da ciência, tecnologia e engenharia, o Torneio Nacional de Robótica FLL foi criado em 1998, pela First, uma organização americana sem fins lucrativos que, em parceria com a Lego, tem no Brasil o Sesi como executor. O evento vai receber times com dois até dez competidores, que tem um objetivo em comum: desenvolver robôs utilizando somente peças Lego com tecnologia Mindstorms; NXT em suas programações. Além disso, os competidores devem criar projetos de pesquisa com propostas de soluções ao tema proposto desta temporada, que é ;Como cuidamos do nosso lixo;.
Equipes brasilienses
A equipe Lego Field, formada somente por alunos do Ensino Médio do Sesi Gama (EBEP), criou uma nova forma de coleta e destino para o lixo orgânico no DF. A criação é o Biodigestor Anaeróbio, que pretende gerar energia através do rejeito e, com isso, obter lucro com ações para a região.
Segundo o aluno e membro da equipe Gabriel da Costa, 17 anos, do 3; ano do ensino médio, o projeto criado por eles é inovador. ;Estamos confiantes, ficamos em primeiro lugar na competição regional. Atuei em outros torneios como ajudante e ir agora como competidor é muito interessante. Inclusive, teve um deputado que ficou interessado em implantar nosso projeto no DF;, conta. De acordo com o técnico do grupo, Atos Reis, a Lego Field ficou em primeiro lugar entre 40 equipes que participaram da competição regional. ;No DF existem somente duas equipes. Nosso grupo já levou três prêmios na regional, mas estamos querendo trazer também um prêmio internacional;, acrescenta.
Com oito membros na equipe, a Lego of Olympus (com estudantes dos ensinos fundamental e médio) desenvolveu uma solução para a destinação dos resíduos produzidos pela indústria da construção civil. Eles criaram um bloco ecológico de concreto encaixável, que pode ser reaproveitado inúmeras vezes, com a proposta de reduzir os impactos causados pelos restos de obras. Participante do projeto, a aluna do 1; ano do ensino médio Marcela Vieira Lima, 14 anos, participa da equipe desde 2013. ;Fazer parte do grupo é muito prazeroso, vale muito a pena. Aqui a robótica não é tratada como algo sério, é interessante;, diz. Para Marcela, nesse torneio a Lego of Olympus está mais preparada. ;Tivemos ajuda de técnicos e de engenheiros da Universidade de Brasília (UnB);, conta. Para a técnica responsável pela Lego of Olympus, Mayra Rezende, o histórico das duas equipes do DF no torneio nacional aumenta as expectativas para chegar na etapa internacional. ;Eles planejam, fazem tudo sozinhos. No dia do evento, na categoria Desafio do Robô, eles terão pouco mais que dois minutos para apresentarem e depois serão avaliados pelos juízes;, descreve.
Categorias
A etapa Nacional de Robótica é composta, além do projeto de pesquisa, por mais três categorias. Uma delas é a de Design do Robô, que vai avaliar o planejamento dos alunos, o projeto e a construção dos robôs com peças de Lego. Depois, eles apresentam o desenho mecânico, a estratégia e a programação feita com uso da tecnologia Mindstorms.
Na categoria Core Values, o que conta é o trabalho em equipe e o espírito colaborativo entre os times. E por último, na categoria Desafio do Robô (quando os robôs autônomos cumprem missões na mesa da competição) os competidores disputarão rounds de até dois minutos e meio.