. Os estudantes estão no estacionamento do prédio.
Organizações Sociais
Pela proposta do governo estadual, organizações sociais deverão cuidar da administração e infraestrutura das escolas e poderão também contratar tanto professores quanto funcionários administrativos. O quadro atual de concursados será mantido, mas novos profissionais passam a poder ser escolhidos pelas organizações. O projeto-piloto do novo modelo de gestão das escolas começará por 23 unidades da Subsecretaria Regional de Anápolis. Em protesto, estudantes chegaram a ocupar 27 escolas. A Justiça de Goiás decidiu pela desocupação de 14.
Nesta semana, no entanto, antes do cumprimento dos mandados de reintegração de posse, as escolas começaram a ser desocupadas. Pelo menos nove foram liberadas. Nesse processo, os estudantes alegam que foram agredidos. Pelo Facebook, dizem que as desocupações estão sendo feitas com a ajuda de policiais militares e que os pais estão sendo incitados a ficar contra os estudantes. De acordo com a Seduce, trata-se de um movimento conduzido por pais e de alunos que reinvindicam o espaço e querem que as escolas voltem a funcionar.
Posicionamento
Em nota divulgada hoje (29), o Conselho Gestor da Regional Goiás da Universidade Federal de Goiás repudia o "uso de violência e truculência policial" para forçar a saída dos estudantes que ocupam algumas das escolas públicas estaduais. O conselho gestor diz que considera as ocupações legítima "forma de defesa e luta pelo caráter público e gratuito da educação no estado de Goiás". E acrescenta: "a forma como, desde o início, o governo do estado tem tratado as ocupações, com uso de pressão psicológica nos estudantes, pressão nos professores, corte de energia elétrica e água, manipulação da opinião pública e, agora, nítida agressão física, perpetrada por agentes do Estado, evidenciam a pouca disponibilidade para dialogar acerca de decisões fundamentais em uma área tão importante como a educação".
A Seduce diz que o projeto de implantação de gestão compartilhada com organizações sociais em unidades educacionais está em pauta na sociedade goiana desde o início de 2015, quando o governador Marconi Perillo tomou posse e anunciou a proposta. A nota da Seduce diz ainda que que a secretária de Educação, Raquel Teixeira, vem promovendo o diálogo sobre as OSs, além de tentativas de diálogo com grupos opositores.
A secretaria diz que respeita o direito de livre manifestação, mas "lamenta profundamente a invasão de sua sede administrativa, considerando "a ação dos mascarados extremista, agressiva, radical e inaceitável". As escolas que foram desocupadas passam por vistoria e o ano letivo terá início "o mais breve possível", cocui o texto.