<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/01/26/515363/20160126182704558889u.png" alt="" /></p><p class="texto"> </p><p class="texto">Reaproveitar alimentos é palavra de ordem para a merendeira Gerlinda Boening, 48 anos, que trabalha na escola pública municipal da zona rural de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo. O combate ao desperdício e a busca por uma alimentação sustentável levaram Gerlinda a uma criação de sucesso, o frango ao molho com casca de abóbora. </p><p class="texto"> </p><p class="texto">A receita sustentável tornou-se uma das 15 finalistas do concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar. Promovido pelo Ministério da Educação, em parceria com o Fundo de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o concurso celebra os 60 anos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).</p><p class="texto"> </p> <p class="texto">O segredo do prato está na simplicidade e sutileza da elaboração. Além de aproveitar a casca da abóbora, o modo de preparo orienta cozinhar os alimentos com pouca água para evitar o desperdício de nutrientes. Até a água do cozimento é reaproveitada.</p><p class="texto"> </p> <p class="texto">[SAIBAMAIS]As dicas são frutos de anos de experiência de Gerlinda, que trabalha como merendeira há 29 anos. Ela começou a trabalhar em escola quando tinha apenas 18 anos. ;Foi meu primeiro emprego. Cinco anos como contrato e depois passei em um concurso municipal. E não penso em me aposentar;, ressalta.</p><p class="texto"> </p><p class="texto"> A ;merendeira sustentável;, como se define, começou cedo na arte culinária, na roça. ;Tinha meus 12 anos quando aprendi, em casa, a fazer milagre com o que tinha;, conta. A experiência foi adquirida com a mãe e ajudou na profissão. ;Vinte anos atrás não era fácil. Trabalhava sozinha para atender 150 alunos e não tinha geladeira na escola;, relembra.</p><p class="texto"> </p><p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/01/26/515363/20160126182713979722u.JPG" alt="" />Gerlinda foi uma das primeiras merendeiras de Santa Maria de Jetibá. Para ir de casa para a escola na zona rural andou a pé e enfrentou chuva até comprar uma moto. Chegou a levar algumas quedas nas estradas de chão, mas sempre estava preparada para os imprevistos do percurso. ;Mantinha uma peça de roupa limpa no trabalho e quando chegava enlameada, eu trocava.;</p><p class="texto"> </p> <p class="texto">Trabalhar numa escola é motivo de orgulho para Gerlinda. De acordo com a merendeira, foi isso que a levou a concluir o ensino fundamental aos 30 anos de idade. ;Eu tinha só até a quarta série e as professoras me ajudaram na aprendizagem;, conta.</p><p class="texto"> </p> <p class="texto">O gosto pelo reaproveitamento de alimentos aumentou com os estudos. ;Aprendi que cascas e talos têm muitos nutrientes.; A merendeira também e a inventora do pão nutritivo adotado pela escola, que aproveita talos de verduras e legumes. A inovação não se limita aos pratos.</p><p class="texto"> </p> <p class="texto">Na hora da merenda, o refeitório é transformado em um ambiente de restaurante estilo self-service. ;Os alunos escolhem o que querem comer e com quem sentar em mesas com quatro lugares que estão sempre com um arranjo em cima;, destaca.</p> <p class="texto">Gerlinda soube que era finalista no concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar por meio do celular. ;Recebi uma mensagem da organização do concurso.; Para a merendeira, ser uma das 15 finalistas é uma verdadeira vitória. ;Estou muito feliz e emocionada. Esse reconhecimento em quase 30 anos de serviço já valeu como prêmio;, conclui.</p><p class="texto"> </p> <p class="texto"><a href="http://melhoresreceitas.mec.gov.br/detalhesPublico.php?recid=1261=1249">Conheça a receita</a> do frango ao molho com casca de abóbora</p><p class="texto"> </p>