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Educação aprova diretrizes para alimentação saudável em escolas

A Comissão de Educação aprovou o Projeto de Lei , do deputado Manoel Junior (PMDB-PB), que institui diretrizes para promover a alimentação saudável nas escolas das redes pública e privada, da educação infantil ao ensino médio. A proposta busca transformar em lei o teor da Portaria Interministerial , dos ministérios da Educação e da Saúde.

A proposta prevê ações para garantir a alimentação saudável nas escolas como: - definir estratégias, em conjunto com a comunidade escolar, para favorecer escolhas saudáveis;
- sensibilizar e capacitar os profissionais envolvidos com alimentação na escola para produzir e oferecer alimentos mais saudáveis;
- trabalhar em parceria com as famílias, enfatizando a corresponsabilidade na alimentação saudável das crianças; e
- incorporar o tema alimentação saudável no projeto pedagógico da escola.

Hortas escolares
Segundo o autor do projeto, a promoção de alimentação saudável no ambiente escolar deve ser estabelecida em lei, e não só em norma infralegal. De acordo com o texto, a promoção da alimentação saudável deverá estimular a produção de hortas escolares para cultivo dos alunos e para uso das hortaliças no cardápio da instituição. O projeto também restringe o comércio e a promoção de alimentos e preparações com altos teores de gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal.

Outras diretrizes incluem o incentivo ao consumo de frutas, legumes e verduras, além da valorização da alimentação como estratégia de promoção da saúde. A proposta também incorpora a necessidade de levar em conta hábitos regionais de alimentação nas ações de educação alimentar e nutricional.

Sem mudança nos rótulos
O projeto tramita apensado ao PL , do Senado, e ao PL , do ex-deputado Rogério Carvalho, ambos rejeitado pelo parecer do relator na Comissão de Educação, deputado Wilson Filho (PTB-PB). Ele foi favorável ao PL 7901/10 e contrário ao na Comissão de Seguridade Social e Família.

;Embora muito similar ao projeto principal, o PL 7901/10, de forma acertada, não traz a obrigatoriedade de se utilizar as cores, nos rótulos de embalagens, como medida que classifique a composição nutricional;, argumentou o relator. ;Tal medida inexiste na atual legislação brasileira e traria novos desafios no que se refere à regulamentação ao setor alimentício nacional;, completou.

O substitutivo da Comissão de Seguridade, também rejeitado pela comissão, prevê que as escolas particulares de ensino básico sigam as diretrizes para a alimentação escolar previstas na Lei , que hoje é destinada apenas à rede pública de ensino.

Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.