O professor de matemática Luiz Alberto Arantes de Souza, apelidado Batata, e o professor de biologia Alexandre Falchi, conhecido como Ameba, ambos do Colégio Marista de Brasília, estavam na lista de brasileiros escolhidos para participar do curso, cuja primeira edição data de 1994 e, este ano, divide os educadores entre Singapura, Holanda e Estados Unidos, de acordo com a nacionalidade do selecionado. Os projetos que Luiz Alberto e Alexandre submeteram para a avaliação eram relacionados a livros digitais e materiais didáticos produzidos exclusivamente para a plataforma iTunes e usados durante as aulas.
[SAIBAMAIS] "Dentro da escola, temos um grupo de professores que trabalha com tecnologia educacional. Nele, compartilhamos informações para nos mantermos atualizados", explica Luiz Alberto, que soube da oportunidade através dos colegas educadores. O professor acredita que, dependendo de como é usada, a tecnologia pode exercitar a criatividade dos jovens e promover a interação através do trabalho em grupo: "Como temos uma média de 4 alunos por iPad, eles têm que dividir os aparelhos". Mas Luiz Alberto nem sempre militou à favor de novos métodos educativos. Na época em que algumas escolas começaram a substituir livros didáticos por tablets, o professor militou fortemente a favor dos materiais tradicionais: "Fui resistente durante muito tempo, mas precisamos aceitar que as crianças da nova geração são nativos digitais. O principal é que possamos orientar os alunos, seja com livro, celular ou tablet, afinal, o mercado de trabalho vai exigir deles o uso de tecnologias ainda mais sofisticadas", argumenta.