Jornal Correio Braziliense

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Federação de sindicatos de docentes de instituições federais deflagra greve

Entidade havia orientado federados a esperar por diálogo; movimento chega ao 27º dia de paralisação

[SAIBAMAIS] A Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação) orientou seus sindicatos a entrar em greve. A decisão foi tomada após reunião do conselho deliberativo da entidade, realizada na última semana em Brasília. O órgão havia orientado os federados a esperar por negociações com o governo federal, o que não ocorreu.

De acordo com o presidente da Proifes, Eduardo Rolim De Oliveira, um ofício foi enviado ao Ministério do Planejamento, dando 15 de junho como prazo final para resposta, já que a data correspondia à metade do prazo proposto pelo próprio governo para que as negociações ocorressem (maio a julho). "A falta da continuidade do processo negocial impulsionou a busca pelo legítimo recurso da greve para que as negociações efetivamente aconteçam", disse Rolim.

Alguns sindicatos ligados à federação já haviam paralisado atividades mesmo com a posição contrária do órgão, entre eles, o de docentes universitários da Bahia, que entraram em greve em 28 de maio,e os do Mato Grosso do Sul, parados desde 15 de junho. A Proifes deixa a cargo de cada sindicato a escolha de seguir o indicativo de greve.

Vigília
De acordo com levantamento do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), divulgado no último sábado (20), professores de 35 instituições públicas de ensino superior deflagraram greve desde o último dia 28. O comando nacional de greve da entidade pretende fazer vigília em frente ao Ministério da Educação (MEC) às 13h30 desta terça-feira (23), quando ocorrerá audiência com a Secretaria de Educação Superior (Sesu/MEC). Os docentes reivindicam reestruturação da carreira, reajuste salarial e fim dos cortes na educação pública nacional.