[SAIBAMAIS] Os professores da Universidade de Brasília (UnB) não vão aderir ao movimento grevista das instituições de ensino superior federais, iniciado em 28 de maio. Os docentes se reuniram nesta quarta-feira (17) para decidir sobre o assunto, no auditório da Faculdade de Tecnologia. O placar de votações foi fechado em 147 a favor, 243 contra e 4 abstenções.
Não foram convocadas novas assembleias. Para o presidente da Associação dos Docentes da UnB (ADUnB), Vadim Arsky, a possibilidade de greve de professores neste semestre é remota. "Vamos convocar uma reunião do conselho de representantes, que poderá definir nova assembleia para discutir o assunto, mas é difícil que haja greve antes do fim deste semestre", disse. As aulas da UnB estão marcadas para terminar em 11 de julho.
Docentes de 30 instituições aderiram à paralisação, de acordo com informe divulgado na última sexta-feira (12) pelo Sindicato Nacional dos Docentes e Instituições de Ensino Superior (Andes). Os servidores da UnB e de outras 60 universidades e institutos federais cruzaram os braços.
As principais pautas da greve nacional são melhores condições de trabalho, reestruturação da carreira, valorização salarial de ativos e aposentados, garantia de recursos públicos suficientes para a expansão com qualidade das instituições federais.
Confusão
Durante a assembleia, houve discussão entre professores que divergiam sobre o assunto. Logo no início da reunião, também houve tumulto porque alunos foram impedidos de entrar no auditório. Apenas representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) puderam falar. Segundo a ADUnB, a assembleia não pôde ser realizada no Centro Comunitário e, como o espaço era limitado, o acesso de alunos foi restrito.