A recomendação aos pais, nesse caso, é ligar para a escola para saber quais as turmas têm professores presentes. Foi o que fez a atendente Stella Rodrigues, 27 anos. O filho dela, Adril Rodrigues, 6, cursa o 1; ano do ensino fundamental na Escola Classe 17, em Taguatinga. ;Liguei para saber se ele teria aula nesta semana. Ele estava ansioso para começar as aulas porque gosta muito de brincar com os amiguinhos e sente falta das professoras;, destaca.
Na Escola Classe 115 Norte, pais, alunos e professores organizaram uma roda de conversa para apresentar aos estudantes a situação pela qual a educação passa e ouvir deles as opiniões sobre o tema. Dos 17 professores da instituição, quatro aderiram ao movimento. Dessa forma, no início do turno, eles se sentaram no pátio e foram questionados sobre o significado da palavra paralisação e se sabiam o que levou a esse movimento.
Cidadania
Alguns curiosos, outros tímidos, mas, por alguns minutos, todos refletiram sobre o porquê de os corredores estarem vazios. ;Estamos aqui porque a paralisação também é nosso problema. A gente entende que a escola é um espaço de expressão da cidadania;, conta o servidor público Fred Vazquez, 43. Da atividade, saíram questionamentos como o de Cristian Shaka Ferreira Nken, 8, aluno do 4; ano. ;Eu não entendo como não pagam os professores. Como eles vão comprar comida, essas coisas?;, pergunta. Maria Eduarda Silva Ribeiro, 9, também do 4; ano, critica a situação. ;Se contrataram, tinham de pagar direito;, avalia.