O presidente do Sindipel, José Aparecido da Costa Freire, enfatiza que o impacto é negativo. ;Como havia virado um projeto de governo ; um dos melhores do país ;, todos se preparam para atender os usuários. Sem o dinheiro, as papelarias e as livrarias vão sentir. As mais prejudicadas serão as micro e as pequenas;, acredita Freire.
Como a intenção do programa desde a criação era alavancar as empresas brasilienses, todo o dinheiro era gasto nas papelarias das regiões onde os estudantes moram ou estão matriculados. Com a possibilidade de o benefício não sair, até as contratações diminuíram. ;Os donos de papelarias contratavam mais funcionários em janeiro, fevereiro e março. Nesse mês, já houve redução e não há perspectiva de aumentar para os próximos;, lamentou o presidente do Sindipel. No entanto, ele ainda tem esperanças de que, com a mudança do calendário letivo nas escolas públicas, o dinheiro saia. ;Sabemos das condições do governo. Não tem nem dinheiro para remédio, mas não desistimos de buscar os benefícios do cartão.;
Proprietário de cinco papelarias da rede Risk, Edésio da Silva Gontijo sente o impacto. Segundo ele, em regiões como Ceilândia e Samambaia, a redução no volume de vendas será de 50%. ;Estamos com os estoques cheios. Compramos um material de qualidade, mas mais acessível para atender esses clientes. Os alunos da rede privada já compraram material. A esperança é que, depois do carnaval, as vendas comecem a subir;, diz.
Adiamento
No início do mês, o GDF adiou o início do ano letivo na rede pública de ensino por alegar que as escolas precisavam de reformas para receber os alunos. As aulas começariam em 9 de fevereiro, mas, depois da decisão, só serão iniciadas após o carnaval, em 23 de fevereiro.