Não passam de especulação as postagens de redes socias que alarmavam sobre proposta de reforma ortográfica que mudaria a escrita de diversas palavras da língua portuguesa. Entre as alterações, o fim do "h" mudo e a substituição do "ch" por "x". Palavras com "ç", "ss", "sc" e "xc" seriam escritas com "s" simples. O presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, Cyro Miranda (PMDB-GO), divulgou nota para esclarecer a questão.
A Comissão de Educação está examinando a data em que o acordo de unificação ortográfica será adotado em definitivo no país. Atualmente, o tratado está em vigor no Brasil num regime de transição, em que tanto a nova quanto a antiga ortografia são aceitas. A mudança definitiva deveria entrar em vigor em 1; de janeiro de 2013. No entanto, a data foi alterada para janeiro de 2016, por decreto da presidente Dilma Rousseff.
Para debater o assunto, a comissão criou um grupo de trabalho formado por professores e linguistas que devem sugerir meios de facilitar a implantação das novas regras. Os especialistas têm usado o espaço para trocar opiniões a respeito da implantação definitiva do acordo. Houve sugestões de mudanças mais radicais no tratado, mas isso não foi formalizado como proposta da comissão nem se tornou proposição legislativa.
Polêmica
O projeto que gerou discussão na comissão, chamado Simplificando a Ortografia, é de autoria do professor Ernani Pimentel. Segundo ele, as alterações visam facilitar o aprendizado da ortografia, reduzindo a média de 400 horas/aula de ortografia para 150.
Leia abaixo o esclarecimento divulgado pelo senador nesta semana
Esclarecimento sobre Acordo Ortográfico
18/08/2014
Em resposta à demanda de professores de português, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte aprovou, no dia 1; de outubro de 2013, a criação de um Grupo de Trabalho destinado a propor a unificação ortográfica da Língua Portuguesa, conforme Acordo já firmado em 1990.
Esse Acordo entraria em vigor no Brasil em 1; de janeiro de 2013, mas o início da vigência foi adiado para janeiro de 2016, por decreto da presidente Dilma Rousseff.
A unificação em questão terá que ser feita em comum entendimento com os demais países. Portanto, não há nada que senadores, a Comissão de Educação e até mesmo o Brasil possa fazer unilateralmente.
Recentes notícias de que estaríamos a ponto de reformular a ortografia da Língua Portuguesa não procedem.
Senador Cyro Miranda (PSDB-GO)
Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte