Na simulação, os estudantes do nível fundamental representam duas discussões no Conselho de Segurança das Nações Unidas, uma sobre %u201COs povos sem Estado%u201D e a outra sobre %u201CA Primavera Árabe: desdobramentos no Egito e na Síria%u201D. O aluno do 9; ano Giovanni Cavalcanti, 14 anos, simulou a delegação da China no debate sobre a Primavera Árabe. Para ele, a atividade serviu para adquirir conhecimento. %u201CEstudei, principalmente, as medidas econômicas, a situação política do país e questões da atualidade. Achei muito interessante, porque podemos pensar questões atuais a partir de um ponto de vista de um local, uma cultura%u201D, diz.
Além do Conselho de Segurança das Nações Unidas, os estudantes do nível médio também simulam o Conselho de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CCTD). Na discussão sobre %u201CEspionagem governamental em civis%u201D, a aluna do 3; ano Karina Miller, 17 anos, representou a Indonésia. A jovem pesquisou sobre o país no site da embaixada e visitou sites de agências de notícias internacionais e do WikiLeaks para entender sobre o tema. Para Karina, a simulação serve como preparação para o seu futuro profissional. %u201CQuero ser diplomata, então a ONUVinci é uma experiência útil para mim. Além disso, estamos aprendendo de forma mais divertida do que se estivéssemos em aula%u201D, afirma. Outra estudante do 3; ano presente no debate foi Bruna Mustefaga, 17 anos. Ela representou a Noruega. Apesar da simulação não ser exatamente o que ela espera da sua futura profissão, Bruna acredita que a atividade traz vantagens como aprender a negociar e melhorar a oratória. %u201CEu quero seguir carreira na área empresarial, mas a simulação é boa porque desenvolve nossa capacidade de negociar, argumentar, defender um ponto de vista e até mesmo ajuda a pensar como nos posicionar perante ao outro%u201D, afirma.
Futuros jornalistas também têm espaço na ONUVinci. Há uma agência de comunicação em que estudantes do ensino médio apuram e fazem matérias sobre o evento. Cada dupla, é responsável por fazer uma reportagem sobre um comitê. Os alunos preparam três edições impressas e fornecem conteúdo para redes sociais. Emilly Ramos, 17 anos, é estudante do 3; ano e desde o início do ensino médio participa de simulações. %u201CDecidi fazer comunicação social. Ainda estou em dúvida entre publicidade ou jornalismo, mas é provável que escolha jornalismo, por que gosto de apurar e investigar. Aqui na agência dá para ter uma boa ideia de como é a correria da profissão, com pouco tempo para escrever e limite de caracteres%u201D, diz.
Emiliano Amorim, secretário-geral da Internationali, empresa que organiza o evento, explica que os estudantes que mais se destacarem na ONUVinci serão selecionados para uma simulação com outras escolas do DF e podem concorrer também no Modelo Internacional do Brasil (MIB), que reúne, nacionalmente, os melhores estudantes nas simulações.