O programa encoraja estudantes dos ensinos fundamental e médio a se envolverem com ciência e tecnologia de forma mais divertida e prática e até estimular o envolvimento com profissões da área futuramente. ;É uma geração de ;nativos digitais;, que já lida com a tecnologia tranquilamente. O torneio faz com que eles mudem do lugar de consumidores para desenvolvedores daquilo que eles gostam;, comenta o o professor de tecnologia e robótica Danilo Yoneshige, do Colégio Dante Alighieri (SP).
A estudante Ana Carolina Queiroz, 15 anos, e sua equipe foram uma das equipes vencedoras em São Paulo. ;Nosso robô é muito robusto e tem três garras diferentes, que podem ser trocadas no tapete da competição;, explica. Ela conta que está envolvida com robótica desde pequena e, apesar de ser a única menina na equipe, sempre foi bem-vinda. ;Se estamos aqui é porque somos todos competentes;, declara. É a terceira vez que participa do evento, mas a primeira vez que vai para a competição nacional. ;É um jeito de conhecer novas pessoas e inovar;, conclui.
[SAIBAMAIS]Cada time, de 10 estudantes, recebe um kit de peças da tecnologia Lego para montar e programar robôs que possam solucionar problemas envolvidos com um tema especial. Este ano, os obstáculos simulam desastres naturais, como deslizamento de terra, inundação, tsunami e incêndios naturais. No primeiro round, as duas equipes dispõe os robôs de Lego criados por cada uma sobre a mesa. A máquina terá que passar por vários obstáculos até chegar à linha vermelha.
Os times competem três vezes na arena oficial e cada partida tem 2,5 minutos. ;Eles trabalham com temas que não são normalmente discutidos nessa faixa etária, por meio da tecnologia;, destaca Yoneshige. Ele acrescenta que é possível desenvolver outras habilidades, como a criatividade, o trabalho em equipe e a competitividade.
Luis Felipe Vicentini, 14 anos, -- também de São Paulo-- é novato no torneio. Ele está no 9; ano e, apesar de estudar robótica desde o 2; ano, teve muitos desafios. ;Difícil, foi. Mas foi bem divertido. Tivemos que remontar o robô uma vez porque ele caiu;, conta. Ele pretende ser classificado para a disputa mundial. As cinco equipes selecionadas vão participar do First Lego League nos Estados Unidos, Canadá e Espanha, ainda sem data definida.
História
Anualmente, cerca de 200 mil crianças e jovens de 70 países criam robôs feitos de peças Lego para participar da competição. O evento ocorre desde 2004 e foi idealizado pela organização americana First (For Inspiration and Recognition of Science and Technology), com parceria da empresa Lego. No Brasil, é realizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) e pelo Instituto Aprender Fazendo.