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Estudante brasiliense é ouro na Olimpíada Brasileira de Química

Gabriel Sena Galvão, 17 anos, estudante do 2; ano do ensino médio do Colégio Militar de Brasília é um dos vencedores da Olimpíada Brasileira de Química deste ano. Ele e outros três estudantes de Fortaleza ganharam medalhas de ouro na modalidade A, competição para alunos do 1; e 2; anos do ensino médio que seleciona os melhores competidores para representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Química, evento que será relizado na Rússia ano que vem.

Surpreso com a notícia da vitória, dada por um amigo, o garoto-prodígio já ganhou mais de 10 medalhas em competições diversas. Ele começou a competir em olimpíadas de matemática no 7; ano do ensino fundamental e de lá para cá já ganhou medalhas de química, física e menções honrosas.

;Participar de competições assim é muito importante porque cria vontade de estudar. Hoje, tenho foco no ITA, mas as competições me mostram que estou gerando resultados e que está dando tudo certo!”, destaca Gabriel. Habituado a revisar matérias diariamente, o campeão quer estudar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Além das aulas na escola, ele também faz cursinho em turma preparatória para o ITA, aulas de inglês, natação e participa de um projeto para as Olipíadas de Matemática. ;Eu recebo incentivo do colégio e da familia e também sou competitivo. Gosto de participar e estar perto das pessoas que estão ganhando;, explica.

Premiação
Na próxima sexta-feira (30/11), Gabriel e os outros vencedores da Olimpíada Brasileira de Química receberão as medalhas de ouro, prata e bronze durante cerimônia de premiação que ocorre na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), em Fortaleza. Ele será acompanhado pelo capitão Hércules, professor de química do colégio.

Os primeiros colocados terão os nomes inseridos na galeria de honra do troféu da Olimpíada, e os quinze de maior destaque serão convocados para participar do Curso de Aprofundamento e Excelência em Química. O curso é preparatório para a escolha da equipe que representará o Brasil na Olimpíada Internacional de Química e na Olimpíada Ibero-americana de Química.

A Olimpíada brasileira é uma iniciativa do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Secretaria da Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo e do Conselho.

A competição
A primeira olimpíada brasileira aconteceu em 1995, há 18 anos, no Ceará. Sérgio Melo, professor do Departamento de Química da Universidade Federal do Ceará e coordenador nacional do programa de Olimpíadas de Química, relembra que a iniciativa surgiu depois que problemas no ensino da disciplina foram detectados no estado. ;A olimpíada é uma competição lúdica que serve para identificar talentos. Os estudantes se empenham e os professores se envolvem. Isso só traz benefícios;, acrescenta.

Os alunos podem competir em quatro modalidades: a primeira, específica para 16 estados da Região Norte e Nordeste; a segunda, do tipo A, para alunos do 1; e 2; anos do ensino médio; a terceira, do tipo B, para alunos do 3; ano do ensino médio; e a última, júnior, para alunos do 8; e 9; anos do ensino fundamental.

A primeira Olimpíada teve 186 participantes .Este ano, o número ultrapassou 200 mil alunos inscritos e 187 mil estudantes competiram apenas nas modalidades A e B.