O horário de verão vai começar à meia-noite deste sábado nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e os estudantes precisarão se acostumar à mudança na rotina. Este ano, a pedido dos governos estaduais, o estado da Bahia foi excluído do horário e o de Tocantins, incluído. Alunos de escolas do Distrito Federal vão ter que mudar hábitos e se acostumar com manhãs mais escuras e tardes mais claras após as aulas.
Nayane Machado, 16 anos, mora em Santa Maria, mas trabalha de manhã e estuda à tarde na Asa Sul. Para não perder a hora, ela acorda às 5h30 e pega o ônibus às 6h15. Isso, sem o horário de verão. %u201CNesse horário pego congestionamento, mas se sair depois chego atrasada. Com o horário de verão vai ser complicado sair tão cedo%u201D, acredita a estudante do Centro de Ensino Médio Paulo Freire.
Até se acostumar, Nayane vai acordar com a sensação de que o dia ainda é noite, pois vai levantar no horário que corresponde às 4h30 da manhã. %u201CGosto do horário de verão, mas o ruim é ter que ir trabalhar tão cedo. Por outro lado, depois da escola vou poder voltar a andar de patins ou fazer caminhada por causa da luz, e isso é bom%u201D, pondera a estudante.
Já a estudante Beatriz Lima Vermelho, 16 anos, trabalha na Asa Norte. Ela mora no Recanto das Emas e acorda às 6h para poder chegar a tempo na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Contrária ao horário de verão, a estudante conta com a companhia do pai para voltar da parada de ônibus para casa, às 19h45, depois da aula. %u201CAcho ruim, mas a gente se acostuma, quem sabe, agora, não vai ser mais preciso que meu pai me busque na parada%u201D.
Camila Lima, 18 anos, mora com a avó, de 60, um irmão e um primo em Brazlândia. Ela é estudante do 2º ano do ensino médio do CEM Paulo Freire e, embora não trabalhe no horário da manhã, acorda às 7h30 para ajudar nas tarefas domésticas. Mesmo sem o compromisso matutino, Camila tem que sair antes de meio-dia para chegar a tempo da aula na escola. %u201CNão sou a favor do horário de verão porque moro longe e vou precisar fazer as coisas com pressa%u201D, explica ela.
Como pratica esportes, a única vantagem que a estudante vê no horário diferenciado é o período prolongado de luz do sol no fim do dia. %u201CVou poder praticar futebol, vôlei, sair com minhas primas e voltar em segurança para casa%u201D, acredita.
Para os estudantes do 8º ano do Curso Integral de Madureza da Asa Norte (Ciman) Iago de Pádua, 14 anos, e Giulia Martins, 13, o horário de verão chega para o bem e para o mal. Iago mora no Sudoeste e Giulia, na Octogonal, próximo à escola que frequentam. Os dois voltam à pé para casa depois das aulas, que se encerram às 18h. Geralmente nessa hora a luz do sol acaba rapidamente e, no meio do caminho para casa, já é noite.
%u201CÉ ruim, e não sou a favor do horário, porque quando venho para a escola de manhã está frio e escuro, além de não ser uma grande economia de energia%u201D, diz Iago. Em contrapartida, Giulia avalia a situação como a oportunidade de acordar mais cedo e aproveitar a luz do dia, ela acredita que as pessoas devam apoiar a medida, mas cita complicações nos primeiros dias. %u201CVou ter que almoçar uma hora mais cedo, às 11h, e não sei se vou estar com fome.%u201D