Jornal Correio Braziliense

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Desempenho fraco do ensino médio público estimula mudanças curriculares

O Ministério da Educação estuda um novo modelo de ensino, em que as atuais 13 disciplinas serão distribuídas em apenas 4 grandes áreas. Na Câmara, uma comissão especial também estuda novos modelos para o ensino médio.

O desempenho dos alunos do ensino médio não evoluiu entre 2009 e 2011. Essa é a avaliação do Ministério da Educação (MEC), que anunciou em agosto o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), uma espécie de exame geral do ensino básico no País calculado a partir das taxas de aprovação e do resultado médio dos alunos em provas de português e matemática. Especialistas apontam o currículo dessa etapa de ensino como uma das causas para as baixas notas.

Divulgação/Pref. de São Lourenço da Serra (SP)
e 1536/11).

Muitas disciplinas Um dos maiores problemas apontados por especialistas é o excesso de disciplinas ensinadas aos alunos. Hoje, o currículo do ensino médio tem 13 disciplinas obrigatórias. ;Não há quem aguente, especialmente com atrasos escolares e avanços na idade, um currículo com 13 componentes isolados e enciclopédicos e que não atendem às necessidades de vida do jovem, que tem que saber o que quer e já fez opções importantes na vida;, alerta o professor da Universidade Católica de Brasília Cândido Alberto Gomes. ;Essa desmotivação acaba levando à evasão escolar;, alerta o diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro/DF), Rodrigo Rodrigues. O doutor em Economia Claudio de Moura Castro concorda. ;O currículo atual é excessivo, tem disciplinas demais, é chato, não fala do mundo real, é desinteressante e, portanto, altamente desencorajador. É preciso um pai muito insistente para conseguir que um filho fique na escola. Na prática, metade vai embora depois de entrar no ensino médio;. ;É importante discutir qual é o objetivo do ensino médio para vida desses alunos? Hoje o ensino médio está pautado para realização do vestibular, e o vestibular é limitante, tem índices de exclusão muito grandes;, pondera Rodrigo Rodrigues.

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