Três estudantes do ensino médio de cada unidade da Federação vão se reunir em Brasília, de 1; a 3 de agosto, para escolher, por votação, os 27 jovens que representarão o Brasil no Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM) nos próximos dois anos. Esse foi o principal assunto do encontro do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, com os atuais integrantes do parlamento, na manhã de segunda-feira (9/7).
"Precisamos do apoio institucional do MEC para que o Parlamento Juvenil do Mercosul possa ser mantido para as próximas gerações", explicou o estudante Cassiano Santana, 17 anos, que representa o estado de Sergipe."Esse projeto visa à formação política e cidadã do jovem. É um projeto que transforma a vida do jovem, que vai sair daqui politizado", comentou Adão Randerson Barros Lima, 19 anos, estudante do Maranhão.
A criação de creches, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a greve na rede federal foram outros temas discutidos com o ministro. "Houve uma evolução no ensino de forma geral. Há dez anos, não tínhamos as oportunidades de chegar ao ensino superior. Hoje, temos o Fies [Financiamento Estudantil], o ProUni [Programa Universidade para Todos], o Sisu [Sistema de Seleção Unificada]", destacou Zípora Neres, 19 anos, representante do Amazonas no PJM.
O projeto do Parlamento Juvenil do Mercosul, criado em 2010 pelo setor educacional do Mercosul, tem o apoio do MEC e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Além do Brasil, estudantes da Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Colômbia participam do Parlamento Juvenil do Mercosul. "É muito difícil conciliar os pilares no ensino médio: formar cidadãos, ter um ensino de qualidade para levar ao ensino superior e também para o mercado de trabalho", comentou Cassiano.