Enem

Enem 2019: 53 participantes tiraram nota máxima na redação

No total, 32 textos nota 1.000 foram escritos por mulheres. MG foi o estado com maior número de candidatos que gabaritaram dissertação. Média geral foi de 592,9.

Correio Braziliense
postado em 17/01/2020 10:46
Lucas Pacífico/CB/D.A Press 
O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta sexta-feira (17/1) os resultados da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019. Os números mostram que a área de ciências da natureza e suas tecnologias teve a menor média de proficiência, com 477,8 pontos. A nota máxima foi de 860,9 e a menor 327,9.
 
Para as outras áreas, as médias gerais foram: 523,1 para matemática e suas tecnologias; 520,9 para linguagens, códigos e suas tecnologias; e 508 para ciências humanas.
 
Em relação à redação, 53 participantes, sendo 32 mulheres, alcançaram a nota máxima, duas delas no Distrito Federal. Minas Gerais foi o estado com maior número de notas mil, com 13, seguido por Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Ceará com seis cada; São Paulo e Goiás, com quatro cada; Pará, Alagoas e Piauí tiveram com duas notas máximas cada; e Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Pernambuco tiveram uma cada. 143.736 participantes zeraram a redação e os principais motivos foram: texto em branco, fuga ao tema e cópia do texto motivador. Redação em branco foi o principal motivo. A média dos candidatos no texto foi de 592,9 pontos. 
 
Resultados foram divulgados durante entrevista coletiva com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, na sede do MEC.
 
Weintraub classificou a edição deste ano como “o melhor Enem de todos os tempos, em termos de execução, operação, custo, eficiência e de satisfação dos alunos e dos professores”. Até agora, o ministério empenhou cerca de R$ 537 milhões. O custo por aluno, neste ano, foi de R$ 105,52. Em 2018, o valor ficou em R$ 106,13.
 
O ministro voltou a defender que a prova não teve questões de cunho ideológico e evitou comentar o fato de que o exame não abordou o tema da ditadura militar no Brasil. “Vamos falar da ditadura do Maduro. Para mim, ditadura é isso, uma situação muito pesada. O objetivo do Enem não é polemizar, é selecionar os melhores alunos.”
 
Neste ano, o exame registrou a maior taxa de participação desde 2010, com 77,23% de comparecimento. No total, foram 1.160.151 ausentes. Na modalidade do Enem para privados de liberdade, o Inep recebeu 46.238 inscrições. Para alunos prejudicados por questões logísticas, foram reaplicadas 150 avaliações. 394 participantes transexuais e travestis puderam usar o nome social.

Enem Digital

Durante entrevista coletiva no MEC, foram divulgadas também as datas de aplicação das provas do próximo ano. Em 2020, começa a ser implementado o Enem Digital. As provas nessa modalidade serão em 11 e 18 de outubro. Já a aplicação regular será em 1° e 8 de novembro.
 
Farão o Enem Digital 100 mil alunos. No momento da inscrição, o aluno pode optar entre fazer a modalidade digital ou regular, observando a disponibilidade de vagas e locais de aplicação. 

Perfil dos participantes

Em 2019 o Enem teve mais de 6 milhões de candidatos inscritos, a maioria, mulheres. Em relação à raça, autodeclarados pardos tiveram maior presença. Jovens a partir de 19 anos também foram maioria, com 57%.  Confira os números por raça, gênero e escolaridade:

Gênero
Feminino
3.031.826 (60%)

Masculino
2.063.562 (40%)

Raça
Pardos
2.364.121 (46%)

Brancos
1.831.821 (36%)

Negros
648.326 (13%)

Amarelos, indígenas e não declarados
251.120 (5%)

Escolaridade
Participantes que já concluíram o ensino médio
1.465.895 (29%)

Participantes egressos do ensino médio
2.993.032 (59%)

Treineiros (que ainda não concluíram o ensino médio)
616.672 (12%)

 

*Estagiária sob supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa 

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