Nos locais de prova em que a equipe de reportagem do Correio Braziliense esteve presente (Uniplan de Águas Claras, Upis na Asa Sul, Gisno na Asa Norte e Colégio Estadual Desembargador Dilermando Meirelles em Valparaíso de Goiás), não houve tumulto nem atrasados no primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019. Como previsto, os portões foram fechados às 13h.
Neste domingo (3), mesmo sem horário de verão este ano, muitos celulares e computadores amanheceram com o horário adiantado em uma hora. O próprio perfil oficial do MEC no Twitter postou, às 11h, que os portões dos locais de prova abriam às 12h. Depois, também pelo Twitter, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, esclareceu que não passou de uma confusão.
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Apesar do problema, no máximo, alguns candidatos chegaram os locais uma hora adiantados. Nas redes sociais, internautas até brincaram, dizendo que o show dos atrasados foi fraco. Os inscritos têm cinco horas e meia para responder a 90 questões de ciências humanas e linguagens, além de fazer uma redação sobre o tema ;democratização do acesso ao cinema no Brasil;.
Expectativas de estudantes
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Entre os mais de 5 milhões de participantes, estão Gabriel de Carvalho e Fabiano Rodrigues, ambos de 16 anos e alunos do 2; ano do ensino médio. Os dois são amigos e resolveram vir juntos ao CED Gisno para chegar no horário. Eles fazem a prova este ano como treineiros. "Eu ainda não sei que curso quero fazer, estou na dúvida entre várias áreas, mas achei que seria bom saber como seria a prova antes de tentar para valer no ano que vem", explica Gabriel.
"Quero chegar ao ano que vem sem medo e sem expectativa, já sabendo como são as coisas, por isso também quis fazer a prova hoje. Minha meta é entrar em engenharia da computação na UnB", conta Fabiano. Marcos Paulo Kaller, 17 anos, está no 3; ano do ensino médio. Ele fez o Enem de 2018 como treineiro e, agora, faz a prova para valer. Bastante nervoso, inclusive um pouco trêmulo, ele conta que fez cursinho, além das aulas regulares para se preparar.
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"A preparação é bastante cansativa. Tentei frear a ansiedade um pouco nos últimos dias, mas não consegui. É um momento único, por isso pedi para os meus pais virem me deixar aqui", conta. Ele faz o Enem no Gisno. Brenda Helena Lima de Vasconcelos, 21, fez prova em Valparaíso. Ela está grávida do primeiro bebê e cursa o 3; ano do ensino médio na mesma escola em que vai prestar o exame. Ela disse que veio preparada para a prova.
"Não acho que por estar grávida tenha mais dificuldades, mas não sei direito o que esperar porque nunca fiz o Enem. Quero conseguir usar a nota para passar numa faculdade, é muito importante para mim", revela. Para o primeiro dia de provas, Brenda disse que está tranquila. "Minha maior dificuldade é matemática", admite.